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Negócios/Economia

Renan lidera grande mobilização para salvar projeto do estaleiro

Na convenção do PMDB de Arapiraca, Renan reafirma decisão de buscar em Brasília uma saída para garantir construção do estaleiro

O parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra a construção do Estaleiro Eisa, em Coruripe, deverá reunir toda a bancada alagoana no Congresso Nacional, a partir desta terça-feira, numa grande mobilização para reverter o parecer do órgão ambiental, considerado “um grande equívoco” pelo senador Renan Calheiros, líder da bancada do PMDB.

O senador, que retornou a Maceió na quinta-feira à tarde para participar das últimas convenções de seu partido e de outras siglas com as quais os peemedebistas se coligaram para a disputa majoritária na capital e interior nas eleições deste ano, pontuou alguns itens que precisam ser questionados junto ao Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para garantir o empreendimento no Litoral Sul de Alagoas.

No Plenário do Senado, na quarta-feira, 27, e na entrevista que concedeu após as convenções do PMDB em Maceió e Arapirca, no sábado, 30, Renan foi enfático ao afirmar que a decisão do Ibama não representa o fim dessa luta. “Eu, pessoalmente, vou bater todas as portas possíveis para garantir a vinda do estaleiro, porque se trata de um empreendimento que representa o futuro de Alagoas”, disse.

Renan anunciou que vai solicitar uma reunião da bancada alagoana, novamente, com a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. “Um dos pontos que vamos questionar nessa audiência é o veto do Ibama sobre a área em que o estaleiro deveria ser construído, que aintige 70 hectares de mangue, mas seriam replantados cinco vezes mais, como inevitável compensação ambiental”, enfatiza o senador.

Outro forte argumento que ele cita no parecer do Ibama é que em Pernambuco, estado vizinho, a licença ambiental para a construção do Estaleiro Atlântico Sul foi concedida pelo órgão estadual do meio ambiente. “Aqui, a Justiça Federal entendeu que a competência para a licença seria exclusiva da União, e não do Instituto Estadual do Meio Ambiente (IMA)”, contesta.

Absurdo

Essa e muitas outras decisões do Ibama, segundo ele, demonstram a má vontade histórica do instituto com Alagoas. “A primeira manifestação do órgão contrária ao empreendimento foi em 2010, quando aventava teses absurdas de que o projeto geraria favelização em Alagoas com a migração de trabalhadores nordestinos para o Estado. Denunciei o parecer da Tribuna do Senado”, lembra.

Renan afirma que as forças políticas e as lideranças do Estado não vão concordar com o parecer do órgão. “Por isso, mais uma vez, conclamo a bancada de Alagoas para redobrarmos a mobilização. Reitero, da minha parte, que baterei em todas as portas que forem necessárias e que existirem em Brasília, com o fim de viabilizar a instalação desse importante empreendimento em nosso Estado”.

Para o líder do PMDB, nessa discussão não existe governo nem oposição. “Nossa luta é para que o Ibama, sem prescindir de suas responsabilidades, reconsidere o parecer. O órgão precisa discutir junto com o governo do Estado e os empresários do Grupo Sinergy a questão da localização. Não é simplesmente dizer não pode aqui! O importante é sentar e definir o local ideal para a construção da obra”, concluiu.