Renan Filho apresenta propostas a integrantes do Fisco alagoano
“Vamos contratar 2.300 policiais nos primeiros dois anos de governo”. Este foi um dos compromissos firmados por Renan Filho durante sabatina com os candidatos a governador de Alagoas, promovida pelo Sindicato do Fisco de Alagoas (Sindifisco/AL), na manhã desta segunda-feira, 25.
O compromisso se estende as demais categorias que devem crescer de acordo com a evolução da arrecadação do Estado, o que não foi feito nos últimos anos. A lida com os precatórios também foi abordada e sobre isso, os pequenos terão prioridade.
O candidato a governador de Alagoas pela coligação Com o povo pra Alagoas Mudar respondeu diversas perguntas, sobretudo a respeito do que ele pensa sobre a área fazendária do Estado. Ele destacou em primeiro lugar que a autoridade do Fisco tem que ser respeitada. Renan defende a restituição da autoridade completa ao segmento e independência de atuação, com a remuneração relacionada a objetivos.
Reestruturação da Secretaria da Fazenda, parceria, relação com o servidor e indicação do secretário. Renan não fugiu a questionamentos e respondeu que vai estreitar os laços com os servidores, dando condições de trabalho e valorizando as categorias; ele ainda deixou claro que a indicação do comando da pasta atenderá a critérios rigidamente técnicos como currículo, experiência, atuação, histórico, sem o caráter político.
A presidente do Sindifisco, Lucia Beltrão, entregou a Renan Filho uma seleção de ideias e sugestões da categoria para a inserção em seu plano de ação governamental. Entretanto, a presidente pediu atenção especial ao pedido de isonomia entre as categorias de procuradores, fiscais, delegados e demais servidores do Fisco.
Durante a saraivada de perguntas, o candidato pode responder sobre questões pontuais como contratará servidores com o espaço permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal comprometido. Ele explicou que o Estado deveria crescer seguindo sua arrecadação. Nos últimos anos ela cresceu 80%.
“Em números, nos próximos dois anos, caso se mantenha o crescimento da arrecadação, 2.300 policiais militares e civis [2 mil militares e 300 civis] devem ser contratados”, salientou o candidato.
Sobre a dívida pública, ele utilizou uma metáfora para explicar que a dívida cresce como as unhas dos pés e das mãos, cresce todo dia, podendo imobilizar os movimentos. Sendo assim, ela deve ser aparada diariamente.
Para o âmbito estatal, Renan Filho quis dizer que logo no início do governo o valor do custeio das secretarias será racionado. Levando em conta ainda que a dívida pública de Alagoas, junto a União, terá seu indexador renegociado para sobrar mais recursos voltados para investimentos.
Quando perguntado sobre precatórios, o candidato lembrou que quando foi prefeito de Murici pagou 100% destas dívidas, porém ele reconhece que o desafio é bem maior. “É preciso fazer como os demais estados já fazem. É trazer indústrias e empresas sérias, responsáveis que não farão chantagem para adquirir os precatórios. Temos que ficar de olho nos escritórios de advocacia. Mas vamos, com certeza, dar atenção aos pequenos valores. Eles têm que ser priorizados, respeitando, mas de forma decente”, disse Renan.