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Alagoas

Renan: “Enchente é a maior tragédia da história alagoana”

Prefeita de Branquinha relata estragos

O senador Renan Calheiros, líder do PMDB, está retornando a Brasília, nesta segunda-feira, 21, com um relato dramático do que viu e ouviu sobre a tragédia vivida em pelo menos 21 municípios alagoanos atingidos pela fúria das águas causadas por inundações de rios que deixou um rastro de destruição jamais visto em toda a história de Alagoas. “Foi a maior inundação ocorrida em nosso Estado! As águas subiram quase dois metros acima do volume registrado na enchente de 1969”, disse o senador.

No domingo, Renan esteve nos municípios de Rio Largo, Murici, Branquinha e União dos Palmares, acompanhado do ex-governador Ronaldo Lessa e do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Luciano Barbosa. “A destruição que presenciamos ou tomamos conhecimento no contato por telefone com prefeitos de outras cidades é desesperadora”, conta o líder do PMDB.

O saldo parcial da destruição indica 19 mortes, mais de 80 mil desabrigados, muitas casas destruídas e várias pessoas desaparecidas. “Falamos com o presidente Lula e três ministros, entre eles, o da Integração Nacional, que no sábado sobrevoou toda a área atingida com o governador Teotonio Vilela Filho, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o comandante do Exército em Alagoas, tenente-coronel Cristiano Sampaio. Hoje à tarde, em Brasília, vamos agilizar a ajuda que o governo federal precisa enviar urgentemente ao nosso Estado”, reforça o senador.

Marcos César - CortesiaAlém da ajuda do governo federal, Renan apela aos outros estados e também aos alagoanos para contribuírem de alguma forma e amenizar o sofrimento de tantas famílias que perderam suas casas e estão desabrigadas em todos os municípios atingidos pelas enchentes. “Ligamos para o ministro da Agricultura, que já disponibilizou alimentos da Conab para os desabrigados, mas a solidariedade às vítimas dessa tragédia precisa de uma amplitude maior, dos alagoanos e de todos os brasileiros”, complementa.

No encontro com os ministros, a partir desta segunda-feira à tarde, o senador vai pedir a disponibilidade de medicamentos, mais alimentos, cobertores, colchões e água para consumo, porque os municípios estão desabastecidos devido à falta de energia elétrica. “Queremos ajuda, também, para construção ou reconstrução de casas, escolas, órgãos públicos e outros prédios que foram destruídos pelas águas”, informa o senador.

O que mais leva o líder do PMDB a lamentar a tragédia é a perda de vidas e o sofrimento que tantas famílias que perderam todos os seus pertences estão enfrentando desde sexta-feira. “Vamos relatar tudo ao governo federal e esperamos que a ajuda seja liberada imediatamente”, concluiu o senador, parabenizando a Defesa Civil Estadual, Igrejas e outras instituições que estão trabalhando para socorrer às vítimas da tragédia.

Renan ficou estarrecido, também, com a destruição da rede ferroviária em alguns municípios. “A malha férrea, um investimento de mais de 30 anos e que atualmente estava sendo recuperada pela Transnordestina, empresa privada do Grupo CSN, já em fase de conclusão, foi destruída em Rio Largo, União dos Palmares, Branquinha, Murici e outras cidades de Alagoas e de Pernambuco. O prejuízo em nosso Estado é incalculável”, completou o senador.