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Negócios/Economia

Renan diz que subvenção da cana deverá ser definida em 30 dias

Renan diz que subvenção da cana deverá ser definida em 30 dias

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta segunda-feira (5), em reunião com representantes dos fornecedores de cana de Alagoas e de mais quatro estados nordestinos, na sede da Asplana, em Maceió, que espera resolver em 30 dias os entraves que atrasam o pagamento da subvenção à cana e ao etanol, garantido pelo governo federal aos plantadores nordestinos.

Renan ouviu exposições do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas, Álvaro Almeida, de Chico da Capital, em nome dos membros da cooperativa que preside, sobre a situação difícil dos plantadores nordestinos. “Temos esperança em sua liderança e em seu trabalho, senador Renan, que nunca faltaram aos produtores de Alagoas e do Nordeste”, afirmou Álvaro Almeida.

Quanto à situação das dívidas dos pequenos e médios agricultores do Nordeste, principalmente do semiárido – cujas reivindicações foram atendidas em 70% por uma medida provisória editada pela presidente Dilma, que vetou artigos que atenderiam aos demais 30% -, Renan disse, sob aplausos, que a solução é o Congresso derrubar os vetos presidenciais.

“Eu sei o que é o drama do fornecedor de cana. Meu pai plantava cana na serra e enfrentava dificuldades muito grandes”, lembrou o presidente do Senado. Renan lembrou que o aumento da subvenção – que passa a 12 reais por tonelada de cana e, no caso do etanol, 20 centavos por litro – foi concedido pela presidente Dilma a pedido do próprio Renan, e a chefe do governo foi ao Recife, junto com o presidente do Senado, para anunciar a medida.

O pagamento atrasou porque houve problemas no Ministério da Fazenda quanto à fonte dos recursos para o subsídio aos 22 mil produtores nordestinos. O senador adiantou que a previsão legal da fonte será definida na medida provisória relatada pelo senador Gim Argello (PTB-DF), e nos próximos 30 dias, no máximo, o pagamento deve ser liberado.

Dívida

Quanto às dívidas dos agricultores nordestinos, principalmente os do semiárido atingido pela seca, Renan Calheiros defendeu a derrubada, pelo Congresso, dos vetos da presidente Dilma às alterações feitas na medida provisória que trata do assunto. Os fornecedores presentes aplaudiram.

“Não é rebeldia, nada disso. É que o Ministério da Fazenda tem setores que defendem outra visão e outros interesses”, disse o presidente do Senado. Ele lembrou que o projeto atende a mais de 70% dos mais de 120 mil contratos só em Alagoas, mas é preciso amparar os 30% qu8e ficaram de fora. “Eu já avisei a presidente Dilma que nós teremos de derrubar os vetos, porque não podemos deixar ao desamparo tantos produtores e pais de família”, afirmou.

Estiveram presentes líderes empresariais da agricultura alagoana, o secretário estadual da Agricultura, José Marinho Júnior, os presidentes das Associações de Plantadores de Cana de Sergipe, José Santos Silva Amado; da Paraíba, Murilo Paraíso; da Unida e Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Lima; do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco, Gerson Carneiro Leão e o superintendente da Conab em Alagoas, Elizeu Rego.

E ainda: o presidente da Cooperativa de Crédito Rural dos Plantadores de Cana de Alagoas, Fernando Rossiter, o ex-governador Manoel Gomes de Barros, o ex-presidente da Asplana, Edgar Antunes, vereadores e outros representantes do setor.