A 13ª edição do projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato retorna nesta quarta-feira (11), com o espetáculo Reis do Sol, uma montagem da Cia Teatral Nêga Fulô, que será encenada na abertura do projeto, a partir das 19h. Os ingressos continuam ao preço de R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos com o grupo ou na bilheteria do Teatro Deodoro.
O Teatro Deodoro é o Maior Barato é realizado pela Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), órgão estadual que administra os Teatros Deodoro e de Arena Sérgio Cardoso.
A peça Reis do Sol resulta de um trabalho de pesquisa iniciado há cinco anos pelas Companhias de Teatro Nêga Fulô, do Brasil, e Polizonteatro, do Uruguai, na busca de encontrar elementos para construir uma narração/encenação que trouxesse os mais diversos sentimentos dos cangaceiros nordestinos existentes no final do século XIX e início do século XX, sentimentos comuns a todos os seres humanos.
O espetáculo utiliza duas versões de Lampião, ou dois Lampiões: o mito, a lenda: aquele que sobrevive na memória do povo, no seu imaginário e o Lampião humano, de carne e osso, que sofre, odeia, ri e chora. Daí, as pesquisas nos livros, nas entrevistas, nos filmes, nas fotos, a viagem a Piranhas e Angicos e comentários de tanta gente.
Reis do Sol é mais do que uma simples biografia é mostrar dados, momentos e acontecimentos da vida dele, falar sobre a seca ou injustiça social, é principalmente o desafio de construir climas que atinjam na emoção do espectador, mostrando conflitos e contradições que caracterizavam a sua vida, sua sociedade, de modo que cada espectador faça sua própria leitura e seja motivado a refletir sobre aquelas coisas que bateram no seu coração.
A peça busca representar os artistas, cientistas, pesquisadores, escritores, poetas e pessoas do povo, que contribuíram de forma significativa para a encenação deste trabalho. A obra é apresentado com uma linguagem contemporânea, multimídia, com integração das linguagens audiovisual e musical, tendo no elenco Regis de Souza e Diva Gonçalves, música cantada e tocada ao vivo por Tercio Smith e texto do uruguaio Enrique Permuy (Ur) e de Lucia Rocha, cenografia da uruguaia Lucía Tayler (Ur) e Enrique Permuy, direção de Enrique Permuy, figurinos de Graciela Abeldo, também uruguaia, e Iluminação de Moab de Oliveira.
O espetáculo foi selecionado pelo Iberescena, entidade financiada pelos Ministérios de Cultura dos Países Ibero-americanos, que tem a finalidade de incentivar e promover os intercâmbios regionais em dança e teatro, é um acontecimento sem antecedentes e oportuniza o intercâmbio cultural e fortalece a integração regional.