Um erro na folha de pagamento foi o motivo para que os agentes penitenciários se recusassem a realizar o trabalho de recepção às visitas em algumas unidades prisionais. Revoltados, os reeducandos do Presídio de Segurança Média de Maceió Professor Cyridião Durval iniciaram a queima de colchões, destruição de paredes e outras estruturas dos módulos três, quatro, cinco e sete.
Agentes do Cyridião Durval, de outras unidades e do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) realizaram o trabalho de contenção disparando tiros com bala de borracha (elastrômero) e bombas de efeito moral. Durante a operação, que conseguiu acabar com o princípio de motim, os reeducandos Cícero Pereira Neto, José Cícero da Silva Junior e Wagner José dos Santos ficaram feridos. Eles foram levados para o HGE, mas já receberam alta e retornaram ao sistema penitenciário.
Na área externa do presídio equipes da Ouvidoria da Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp) e do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar trabalharam intensamente para conseguir tranquilizar os familiares dos presos.
De acordo com a Secretaria de Estado da Gestão Pública, responsável pela elaboração da folha de pagamento do Estado, o erro no pagamento do adicional noturno e de horas extras referente ao mês de dezembro atingiu vários servidores e não apenas os agentes penitenciários.
Segundo afirmou o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima, o problema já está sendo corrigido e a diferença salarial deverá ser creditada na segunda-feira, dia 3.
O intendente geral do Sistema Penitenciário, tenente coronel Carlos Luna, determinou a abertura de procedimentos administrativos para apurar responsabilidades. As visitas que foram suspensas deverão acontecer normalmente no próximo sábado, dia primeiro, e domingo, dia 2 de janeiro.