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Negócios/Economia

Redução do IPI fez venda de automóveis em março voltar ao patamar pré-crise

Levantamento realizado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) revelou que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) conseguiu com que as vendas de automóveis e comerciais leves no mês de março voltasse ao patamar pré-crise. A dúvida é se isso se manterá.

De acordo com os dados, em agosto, as vendas somaram 272.926 unidades e, no mês seguinte, que foi marcado pelo estouro da crise, elas totalizaram 254.182. Já em março deste ano, foram 260.959 automóveis e comerciais leves vendidos. Se não fosse a redução do IPI a partir de dezembro de 2008, a Federação afirmou que as vendas no mês passado teriam sido da ordem de 152 mil unidades.

“Em março, as vendas atingiram o volume de setembro, mas isso não é um dado definitivo”, explicou o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, explicando que a dúvida sobre a prorrogação ou não do IPI reduzido e os descontos do setor fizeram com que muitas pessoas comprassem um carro no terceiro mês do ano.

Desoneração

Reze afirmou que os últimos meses foram turbulentos para o setor. Em janeiro, os consumidores foram às lojas, mas estavam receosos em comprar. Já fevereiro foi um mês razoável, mais curto e com um feriado. Março, por sua vez, foi turbinado, por causa da desoneração do governo e das promoções.

“Foi totalmente positiva a resposta da economia ao que o governo promoveu [redução do IPI em dezembro]. Não é a toa que ele prorrogou”, afirmou Reze em coletiva de imprensa de divulgação dos dados do setor, que aconteceu nesta sexta-feira (3).

Ele explicou que o resultado de março só foi possível porque há condições de crédito no mercado. Em relação às altas taxas de juros, ele explicou que hoje elas estão menores do que em agosto do ano passado, quando houve um desempenho positivo de vendas.

Orientação

Questionado sobre se a prorrogação do IPI reduzido até junho pode incentivar um pico de vendas no mês, como o que aconteceu em março, Reze disse que não é possível prever, mas orientou os consumidores a comprar logo um automóvel, se isso estiver em seu planejamento. “Se precisar comprar, compre agora. Pode haver um contratempo”.