
Promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa
Está marcado para a próxima segunda-feira (2), a partir das 13h, o julgamento do adolescente Rafael Timóteo Silva, 19 anos. Ele vai a júri popular acusado de matar com mais de 20 facadas e várias pauladas o padre Hidalberto Henrique Guimarães, 48 anos. O crime ocorreu em novembro de 2009 na casa do pároco, no Tabuleiro. O julgamento acontece no Fórum, no Barro Duro, e será presidido pelo juiz José Braga Neto.
O crime aconteceu no dia 5 de novembro de 2009. O corpo do sacerdote só foi encontrado no dia 7, dois dias após seu sumiço. Padre Hidalberto estava desaparecido desde a quinta-feira, 5. No dia 7, o sacerdote celebraria uma Missa, na cidade de Branquinha, mas como não compareceu, um afilhado do padre o procurou em sua casa. Ao entrar, ele viu o corpo ensangüentado no chão da cozinha com muitas perfurações concentradas nas regiões abdominal, torácica, na cabeça, coxa e braços.
O promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa entendeu que há indícios de autoria e materialidade que apontam Rafael Timóteo como o responsável pela morte e pediu o crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel. Flávio Gomes ainda vai pedir o crime de feito. O acusado furtou um aparelho de DVD, que já tinha sido vendido por R$ 55,00, mas foi resgatado por policiais na Feira do Rato. Segundo o promotor a pena é de 30 anos de prisão, de acordo com o Código Penal Brasileiro.
O caso teve repercussão nacional e chocou a população. O padre tinha bom relacionamento com a comunidade e era envolvido em vários movimentos sociais. Com tanta repercussão, o governador do Estado e outras entidades foram até o local do crime.