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Política

Diminuição dos repasses do FPM e seca podem fechar prefeituras do Nordeste

Marcelo Beltrão afirmou que as prefeituras não estão conseguindo honrar seus compromissos

A seca que assola o Nordeste brasileiro e a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), tem agravado à situação das cidades em 2013. Em entrevista, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), expôs a crise vivida pelas prefeituras.

Em apenas quatro meses, Alagoas deixou de receber R$ 18.905.725,44 em repasses. Marcelo Beltrão alerta ainda que as prefeituras diante das suas obrigações que se agravam a cada dia, não estão conseguindo honrar seus compromissos. “As obrigações com áreas da administração pública, aumento salarial de servidores da Educação e Saúde, tem ficado mais difícil sem os recursos destinados pelos repasses federais”, garantiu o presidente da AMA e prefeito de Jequiá da Praia.

Diante da situação que se agrava com a seca, vários municípios alagoanos já decretaram situação de emergência. “Com o agravamento da seca, prefeituras não possuem recursos para honrar os seus compromissos, diante dos problemas que se agravam”, observou Marcelo Beltrão.

Apoio do Governo Federal

Durante reunião que aconteceu este mês em Fortaleza, a presidenta Dilma Rousseff (PT), anunciou o aporte de R$ 9 milhões para Alagoas. Os recursos serão investidos em ações visando aumentar a oferta de água, comida e revisão de dívidas dos agricultores.

Seca do Nordeste

No próximo dia 30, uma reunião que vai acontecer na sede da AMA, vai discutir a situação das prefeituras Alagoanas que sofrem com o longo período de estiagem. Na pauta, o possível fechamento das prefeituras afetadas.

Durante encontro ocorrido nesta sexta-feira (19), em Canelas (RS), o Conselho Político da Confederação Nacional dos Munícipios (CNM), foi discutido ações para minimizar o sofrimento das cidades nordestinas que sofrem com a seca. Existe um consenso entre as prefeituras afetadas da região Nordeste em paralisar as atividades, uma maneira encontrada pelos gestores em levar ao conhecimento de todos os problemas gerados pela pior seca dos últimos 50 anos.

Porém, essa atitude drástica não é a posição que o presidente da Associação dos Munícipios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão, pretende tomar, pelo menos, neste primeiro momento. “Tal atitude iria aumentar ainda mais o sofrimento dos munícipes”, alegou.