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Meio Ambiente

Qualidade da água coletada no rio São Francisco em Penedo é considerada regular

Estudo faz parte do projeto Observando os Rios

Ainda como parte da programação do último dia da Semana da Água, aconteceu nesta terça-feira, 22, a divulgação do relatório de monitoramento da qualidade da água do rio São Francisco, trabalho realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com a Universidade Federal de Alagoas.

A Fundação realizou um levantamento com a medição da qualidade da água em sete rios que passam por Maceió, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Porto das Pedras, São Miguel e Penedo. Dos 10 pontos coletados, dois apresentaram qualidade de água ruim e oito, regular. Nenhum rio alagoano apresentou qualidade péssima, boa ou ótima.

De acordo com o relatório, a qualidade da água coletada no rio São Francisco em Penedo é regular. Para a avaliação são considerados 16 parâmetros, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, fósforo, nitrato, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes, turbidez, cor, odor, temperatura da água, pH, entre outros parâmetros biológicos e de percepção. O kit permite classificar a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

Cesar Pegoraro, responsável pelo projeto Observando os Rios em Alagoas, ressalta a importância do monitoramento no Estado. “Por onde andamos no Estado nos deparamos com muitos rios pedindo atenção, tanto dos cidadãos como dos governos e seus programas. Há a necessidade de ações de saneamento em todos os rios que monitoramos.”

As coletas para o levantamento, que têm como base a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama 357/2005), são realizadas com o uso de um kit de análise, que possibilita medir o IQA – Índice de Qualidade da Água, com base na metodologia desenvolvida pela SOS Mata Atlântica.

A coleta em rios, córregos e lagos dos estados com Mata Atlântica é feita por voluntários que formam grupos de monitoramento, que recebem capacitação e material da Fundação SOS Mata Atlântica para realizar a análise e disponibilizar os resultados em um banco de dados na internet. A iniciativa é aberta à população em geral, que pode participar dos grupos de monitoramento já existentes ou ajudar a criar novos grupos para monitorar rios próximos a escolas, igrejas e outros centros comunitários. Os grupos fazem a medição uma vez por mês. Interessados em participar devem entrar em contato pelo www.sosma.org.br/contato/.