.Envelhecer já há um bom tempo não é mais sinônimo de aguardar a chegada da morte. A “melhor idade”, como vem sendo chamada, faz que muitas pessoas nessa faixa etária se cuidem. E cuidar da saúde na terceira idade será o do nosso artigo. Falaremos das doenças, de seus porquês e sobre como preveni-las e tratá-las.
DOENÇAS DA TERCEIRA IDADE
Doença cardiovascular
A principal causa de morte no mundo. Ocorre de forma mais comum como doença arterial coronariana. Trata-se de um estreitamento ou bloqueio das artérias que conduzem o sangue ao coração. Podem ocorrer repentinamente, como no caso de uma ruptura aguda, ou ao longo do tempo, causando ataques cardíacos que podem ser fatais.
Acidente Vascular Cerebral
Ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado e o sangue não flui para uma parte do cérebro. Sem oxigênio as células morrem e pode haver consequências muito sérias. Essas podem variar desde uma paralisia até a morte, dependendo da área onde aconteceu o bloqueio, da ruptura e da gravidade.
Hipertensão arterial
Com o avanço da idade é normal e esperado que haja um aumento na pressão arterial. A única situação que deve ser monitorada e tratada, se necessário, é se esses números se tornam elevados de uma maneira crônica. Como a pressão é a força exercida pelo sangue nas paredes das artérias, pode haver problemas nos vasos sanguíneos, coração, rins e em outros órgãos.
Câncer
A causa do câncer é o desenvolvimento de células malignas no organismo a uma taxa anormal. Sabe-se atualmente que a probabilidade de seu aparecimento aumenta em idade mais avançada, acima dos 55 anos. Nessa fase da vida os casos mais comuns são: próstata, colorretal, bexiga, pulmão, estômago, linfoma não-Hodgkin, pele e de mama.
Diabetes Tipo 2
O Diabetes Tipo 2 acontece quando o corpo produz a insulina, porém não consegue lidar com ela, tornando-se resistente à mesma. Isso faz com que os níveis de açúcar subam de forma perigosa e podem causar problemas como ataques cardíacos, derrames, insuficiência renal, lesões nervosas e cegueira.
Doença de Parkinson
É um distúrbio neurológico caracterizado por movimentos bruscos, tremores visíveis e rigidez. Surge, em 75% dos casos, após os 60 anos, porém a idade é somente um dentre outros fatores de risco. Exposição a toxinas químicas, lesões na cabeça ou histórico familiar também tem seu peso. Os homens são mais atingidos do que as mulheres.
Demência (incluindo Doença de Alzheimer)
É caracterizada pela diminuição da função cerebral, apresentando perda de memória, alterações de humor, confusão e dificuldade de comunicação. A causa mais comum é a Doença de Alzheimer, porém a Doença de Huntington, Parkinson e a demência vascular também são causas desse mal.
Apesar de a demência ocorrer com maior probabilidade na velhice, ela não é incluída como parte do processo de envelhecimento natural.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
É uma redução substancial do fluxo de ar dentro e fora dos pulmões, devido a fatores como inflamação das vias aéreas, espessamento do revestimento dos pulmões ou produção excessiva de muco nos tubos de ar. Os sintomas são falta de ar, sibilos e tosse crônica. As causas são fumaça de tabaco, poluição industrial ou no trabalho. O tabagismo é um grande fator de risco.
Osteoartrite
É o tipo mais comum da artrite, uma doença degenerativa caracterizada por inchaço e dores nas articulações. Atinge mais as mulheres, porém pessoas que já sofreram lesões ou que sofrem de obesidade apresentam maior suscetibilidade à doença. Apesar de ainda incurável, é tratada com mudanças no estilo de vida como, exercícios físicos, perda de peso e fisioterapia.
Osteoporose
A perda de massa nos ossos, a chamada osteoporose resulta em ossos frágeis e mais finos. Atinge mais as mulheres do que os homens.. A partir dos 50 anos a probabilidade de ser atingido pela condição aumenta, principalmente para mulheres de pele branca e ascendência asiática.
Teme-se bastante a fratura do quadril, acima de tudo em idosos, por incorrer em perda de mobilidade e independência, levando, em 25% dos casos, à morte dentro de 12 meses. Uma dieta rica em vitamina D e distância do tabaco ajudam bastante na prevenção a essa doença.
Catarata
A catarata se manifesta como uma espécie de “nuvem” que gradualmente vai se formando em seu olho. Suas causas são bastante variáveis: tabagismo, diabetes e exposição à luz ultravioleta.
Embora não seja perceptível no início, com o passar do tempo a visão torna-se cada vez mais embaçada e piora. Porém, atualmente, ela é facilmente resolvida através de um procedimento ambulatorial que dura cerca de uma hora
Degeneração macular relacionada à idade
Provável causa da cegueira em idosos, atinge geralmente pessoas acima dos 50 anos. Caracteriza-se pela degeneração da mácula do olho, que impede que a pessoa enxergue bem dentro do centro de seu campo de visão, e preserva a visão periférica.
Os principais fatores que causam a degeneração, além da idade, são o tabagismo e o histórico familiar. Apesar de ainda inconclusivas, pesquisas indicam fortemente dieta baseada em peixes e vegetais coloridos, controle da pressão arterial e dos níveis do colesterol, exercícios regulares e distância do tabagismo como fontes para evitar esse problema de saúde.
Perda de audição
Com o tempo os minúsculos cabelos que há dentro do ouvido e são responsáveis pelo processamento da audição se deterioram. Assim como a própria audição em si. Dessa forma, dificuldade em distinguir vozes em áreas barulhentas, ouvir vozes abafadas e perceber os sons mais altos do que o normal tornam-se situações comuns quando a perda de audição entra em cena.
Além da idade a exposição a sons altos, o ato de fumar e o histórico familiar são as principais causas para a perda auditiva. Estima-se que metade das pessoas com idade acima de 70 anos sofram alguma perda auditiva.
É natural que o avanço de nosso relógio biológico tenha consequências no nosso corpo. Porém, como pudemos ver ao longo desse artigo, várias causas que são responsáveis por esses problemas podem ser evitadas nos períodos mais jovens de nossa vida. Atingir a velhice não deve, absolutamente, significar lidar apenas com doenças.
Atualmente há vários mecanismos clínicos e sociais para que os idosos tenham uma qualidade de vida perfeitamente no mesmo nível de pessoas mais jovens, sem o estigma da enfermidade.
