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Policial

Quadrilha desarticulada em AL pode ser responsável por mais de 20 homicídios

Weliton dos Santos Barros, 20 - Alex da Silva, 21

A Polícia Civil concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 18 de julho, em Jacarecica, na sede da Delegacia Geral, para apresentar detalhes da operação “Riacho Doce” e das prisões de Alex da Silva, 21 anos, conhecido como “Gol Bola” e Weliton dos Santos Barros, 20 anos, “Chinês”. Os dois são acusados de participarem do assassinato do garçom José Claudio Jaco da Silva, crime ocorrido no início do mês, na Praia da Sereia, Maceió.

Além deles, são acusados neste homicídio os foragidos Jadson Berto Santos Silva, “Dado”, e Henrique Morais Omena, “Riquinho”, considerado o chefe da quadrilha, acusada em mais de 20 homicídios na cidade e de ser bastante temida pelas pessoas, na Grota do Riacho Doce. A Polícia Civil apurou que eles efetuaram vários disparos de arma de fogo, acertaram o garçom com três tiros de revólver 38 e fugiram utilizando motocicletas.

A prisão é resultado da operação “Riacho Doce”, deflagrada nas primeiras horas de hoje por meio da Delegacia de Homicídios (DH) e Força Nacional (FN) para prender os acusados. Os mandados foram expedidos pelo juiz Leandro de Castro Folly, da 9ª Vara Criminal da Capital. Durante a operação, que também teve a participação de policiais do 6º DP, foram cumpridos quatro mandados de prisão, busca e apreensão.

A apresentação à imprensa foi coordenada pelo delegado Carlos Reis, diretor do DPJM (Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana) representando o delegado-geral Paulo Cerqueira. Ele enalteceu a nova formatação da Delegacia de Homicídios, implantada com o programa Brasil Mais Seguro-Alagoas, lançado pelo governo federal, há 20 dias.

Ele também destacou a chegada das Bases Móveis de Segurança que serão implantadas de Maceió. ”Trata-se de um projeto piloto, inserido no programa do governo federal, que leva Delegacia Móvel com equipe de policiais de plantão e equipamentos modernos. “Isto traz mais exatidão na hora de apurar um crime, porque possibilita coletar o máximo de informações com as testemunhas e provas técnicas”, declarou Carlos Reis.

De acordo com as investigações, o crime ocorreu durante uma discussão sobre times de futebol alagoano e teve o envolvimento de membros das torcidas organizadas, chamadas “Mancha Azul” e “Comando Vermelho”. Gol Bola e Chinês foram ouvidos na Delegacia de Homicídios, foram submetidos a exame de corpo de delito e serão levados para Casa de Custódia da Capital.

A Polícia Civil está no encalço dos fugitivos. Os quatro, acusados de pertencer a quadrilha, ainda podem estar envolvida com assaltos a ônibus, latrocínio, ocultação de cadáver, tráfico de drogas, coação de testemunhas e posse de armas de fogo como espingarda calibre 12, revólver e pistola. Eles são liderados por Henrique Moaris, considerado por testemunhas uma pessoa extremamente perigosa.

Também participaram da coletiva os delegados Gilson Rego e Adriana Gusmão, da Delegacia de Homicídios, além dos delegados da Força Nacional. “Com a implantação do programa do governo, em 20 dias de atuação do novo modelo da Delegacia de Homicídios, as investigações já apuraram 80% de autoria dos crimes. Devemos destacar ainda a participação da população, na apuração dos crimes, através do disque denuncia: 181”, completou Gilson Rego.

A Polícia Civil pede a quem tiver mais informação que possa contribuir com as investigações telefone para o Disque Denúncia: 181. O anonimato é garantido.