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Sergipe

Quadrilha de roubo de cargas e veículos utilizava armamento pesado

Na manhã desta sexta-feira, 25, a Polícia Civil de Sergipe prestou esclarecimentos sobre investigação que culminou com a prisão na noite desta quinta-feira, 24, de quatro pessoas que integravam uma quadrilha especializada em roubos de cargas e veículos. Os criminosos, que atuavam em rodovias que cortam os estados de Sergipe e Alagoas, foram surpreendidos pelos agentes civis sergipanos na cidade alagoana de São Sebastião, distante 37 quilômetros da capital Maceió.

Foi preso Amaury Dias de Santana, 30 anos, natural da cidade de Propriá, condenado a 67 anos de prisão. Ele é apontado como um dos líderes do bando. Além dele, foram presos o aracajuano José Leandro Santana Santos, 24 anos, e os alagoanos Anderson Ferreira, 26 anos e José Cícero da Silva, 33 anos, apontado com o braço armado da organização criminosa com quatro registros de fuga de delegacias alagoanas.

“Todos possuem registros de prisões anteriores por conta de crime de roubo e estão envolvidos também na destinação dos bens roubados. Eles costumavam agir com violência e utilizavam armas de grosso calibre de utilização restrita das polícias e Forças Armadas”, destacou o diretor do Cope, delegado Everton Santos.

Durante a operação, a polícia apreendeu cargas de ferragens e fertilizantes, coletes balísticos, 34 munições calibre 9 milímetros, uma submetralhadora, uma pistola calibre 9 milímetros, capuzes, duas camionetes Toyota Hilux, sendo uma roubada no litoral de Alagoas e uma “clonada”, adquirida no município de Arapiraca.

Um terceiro carro, Fiat Strada, foi roubado pelo grupo nesta quarta-feira, 23, no município sergipano de Pedra Branca. “Há o registro de pelos menos quatro assaltos a cargas efetuados pelo grupo. Para se ter uma idéia do poder de fogo da quadrilha, a submetralhadora apreendida dispara 150 tiros por minuto”, finalizou Everton.

Modo operante

O grupo sempre utilizava de veículos potentes para abordar os carros das vítimas, utilizando coletes de polícia e armamentos pesados. Subtraiam todos os objetos e carros de valor e depois de dominar as vítimas por algum tempo as abandonavam. Todo o material roubado era utilizado pelo grupo e comercializado.

“O grupo mantinha um galpão no município de São Sebastião, onde era guardado todo o material roubado”, explicou o delegado André Baronto. As investigações duraram cerca de um mês e foram realizadas pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Delegacia Regional do município de Maruim e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol). O delegado do Cope, Cristiano Barreto, também participou da coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira.