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Policial

Proprietário de bar onde polícia descobriu suposto caso de prostituição infantil em Penedo diz que também foi enganado

Segundo a polícia, bar não possui alvará de funcionamento

O proprietário do bar “Magueirão Prime”, acompanhado de sua esposa, esteve na manhã desta sexta-feira, 17 de fevereiro, na Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) e na redação do Aqui Acontece para falar sobre fatos recentes noticiados pelas empresas de comunicação da Organização Hélio Lopes com base nas informações repassadas à imprensa pela Polícia Civil de Alagoas.

Tudo começou na madrugada da última segunda-feira, 13 de fevereiro, quando um jovem de 23 anos identificado como Gustavo Santos Fontes foi executado com golpes de arma branca após sair do estabelecimento comercial onde havia sido realizado um evento carnavalesco.

Durante as investigações, uma equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Rômulo Andrade, descobriu que havia uma adolescente de 17 anos trabalhando no local como garota de programa e abriu um novo inquérito, desta vez para apurar um suposto caso de prostituição infantil no estabelecimento comercial.

Para dar sua versão dos fatos, Kinho Pesadão, como é mais conhecido, concedeu uma entrevista ao Programa do João Lucas, bate-papo esse acompanhado de perto por nossa redação.

Sobre o homicídio, Kinho declarou que tem colaborado com o trabalho da polícia, apesar do crime ter sido registrado fora do Mangueirão e um pouco distante do seu estabelecimento comercial.

“As pessoas estão nos condenando como se nós tivéssemos cometido algum crime. Esse fato lamentável não aconteceu no meu espaço, que por sinal realizou uma festa linda naquele dia, sem nenhum tipo de confusão. Nós já fomos ouvidos pela Polícia Civil, que esteve aqui, tirou fotos e viu que dentro do bar não ocorreu nada de anormal. Além disso, indicamos onde tem câmeras de segurança aqui nessa região, pois as imagens são as melhores testemunhas do que aconteceu”, declarou.

Sobre a denúncia de prostituição infantil, Kinho Pesadão afirmou que também foi enganado, assim como sua esposa, responsável pela seleção e contratação das mulheres.

“Minha esposa que cuida dessa parte e sempre que chega alguém no local procurando emprego ela pede logo a documentação. Essa menina disse não ter RG e nem CPF, vindo a apresentar apenas uma certidão de nascimento. Nós não tínhamos como saber que aquele documento era falso, que não pertencia a ela. Se soubéssemos jamais teríamos deixado ela frequentar nosso bar”, complementou.

Em tom emocionado, Kinho fez um desabado, pedindo para que as pessoas parassem de fazer julgamentos, que ele é apenas um trabalhador que tenta através de seu estabelecimento tirar o sustento de sua família. Ele também chegou a reconhecer alguns excessos, como volume de som alto, na madrugada, e a exposição de mulheres que fazem programa no local e que ficavam, muitas vezes com pouca roupa, na porta do bar, oferecendo seus “serviços”.

“Se há excessos não vamos tolerar mais e eu peço até desculpas. Estamos buscando melhorar, sempre”, finalizou.

Em contato com o delegado Rômulo Andrade, o mesmo informou à nossa redação que a investigação de prostituição infantil, bem como a do homicídio, continuam e que em breve tanto o proprietário do bar quanto sua esposa serão intimados novamente para prestar mais esclarecimentos sobre os fatos.

Clique no player e confira o áudio da entrevista na íntegra!