mais de 150 torcedores já foram penalizados em São Paulo
O Promotor de Justiça do Jecrim (Juizado Espacial Criminal) e do Juizado do Torcedor,Paulo Castilho, vem defendendo a tese que a Polícia Militar precisa deixar de escoltar as torcidas organizadas quando as mesmas se dirigem aos estádios.
“Não deve haver escolta. O torcedor comum não vai para o estádio tranquilo? Então os caras têm que ir sozinhos. E se vão bater em outros ou entrar em brigas, eles serão presos e afastados dos estádios. Eles querem marcar para brigar? Eles que se matem. Metade vai para o cemitério e metade vai para a cadeia”, comentou ele.
Segundo o Promotor, as uniformizadas recebem uma atitude paternal da PM. “Você viu no meio de semana. Os caras falaram que seria arriscado ter jogo do Corinthians e do Palmeiras no mesmo dia, com uma diferença de pelo menos duas horas entre um jogo em Osasco (Audax x Corinthians) e outro no Pacaembu (Palmeiras x São Bento). Saíram dizendo que ia dar conflito no metrô. A PM não aumentou o aparato e o que acontece? Nada. Não aconteceu nada”, comentou.
A Polícia Militar não necessita atuar como “babá” dessas torcidas que se dizem organizadas. O Ministério Público de São Paulo vem atuando ao lado da Polícia Militar e da Polícia Civil, coibindo a violência nos estádios paulistas.
“Até o final do ano, o balanço mostrou que 141 torcedores foram presos ou cumprem transação penal ou foram afastados dos estádios. Temos vários inquéritos em andamento. Me atrevo a dizer que se incluirmos janeiro vamos chegar a 150 pessoas punidas. O cerco está se fechando e as torcidas sabem disso. Eles sabem que terão que mudar porque estão sendo investigados”, finalizou o promotor.
