A Sétima Arte é, hoje, uma das mais acessíveis. Estão nas salas escuras de cinema, nos aparelhos de DVD e Blu-ray, nas telas dos celulares smartphones. Que diriam os irmãos Lumière, inventores desse processo audiovisual?
Em Arapiraca, o ato de fazer cinema tem se manifestado para além da vontade de produzir. Sinal disso é a recente aprovação de quatro trabalhos no Edital do Audiovisual, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O curta-metragem “Bagaço” e o telefilme “Moto-Perpétuo”, ambos de Leandro Alves, o curta “Besta-Fera”, de Wagno Godez, e o curta-documentário “Nas Quebradas do Boi”, de Clébio Araújo e Igor Machado, foram habilitados e selecionados.
Argumentos
“Bagaço” é um curta sobre palhaços. “Considero meio que uma continuação do meu primeiro filme ‘Hoje Tem Espetáculo?’, só que dessa vez é uma ficção. Mas tem todo um universo relacionado. Discute uma relação entre pai e filho, sobre como ser filho de um palhaço, sobre como propriamente ser palhaço”, conta o cineasta Leandro Alves, que agora está produzindo o curta “Avalanche”.
Na bagagem, ele carrega ainda outro curta “Flamor” (2013) e os documentários “Salão dos Artistas” (2012), “Estrelando José Sawlo” (2011) e “Hoje Tem Espetáculo” (2010).
Já o outro selecionado dele no edital, “Moto-Perpétuo”, vai falar sobre seu Miguel, um homem de 85 anos que há 15 trabalha na invenção de uma máquina que não precisará de energia nenhuma para funcionar. Apenas a força da gravidade dará vida ao moto-perpétuo. “Não é apenas sobre esse personagem que a película vai abordar, mas a respeito mesmo dos inventores. E a invenção em si vai estar dentro do processo do filme”, diz Leandro.
Já o curta “Besta-Fera”, de Wagno Godez, vai retratar a trajetória de um garoto que vê a mãe sendo “judiada” dia após dia por um coronel. Até que em determinado momento, sua genitora e ele dão abrigo a um cangaceiro ferido. Começa aí uma história de amizade e de transformação interior em pleno Sertão nordestino.
Por fim, “Nas Quebradas do Boi”, de Clébio Araújo e Igor Machado, busca um outro olhar sobre as periferias da capital alagoana, através de grupos que militam em duas das expressões culturais mais significativas na Maceió de hoje: o Bumba Meu Boi e o hip hop, apresentando assim uma jornada de sons, trocas e fusões criativas.
Essa é uma parceria do Arteiros S/A com o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) campus Arapiraca.