O projeto Vidarte, construindo diálogos através do Teatro do Oprimido, contemplado pelo Programa Vivência de Arte, abre inscrições para curso teórico-prático de Teatro do Oprimido (TO) para estudantes, servidores e professores.
O Vidarte se propõe a implementar o TO na Universidade Federal de Alagoas como uma metodologia complementar à vivência acadêmica. Dessa forma, objetiva sua utilização como instrumento para a construção de uma prática mais humanizada e horizontal nos diversos campos do conhecimento. Os participantes receberão certificados pela Pró-reitoria Estudantil (Proest).
A equipe Vidarte informa que o TO é um instrumento para a democratização dos meios de produção cultural, com técnicas lúdicas e acessíveis, “que facilitam a ação multiplicadora dando acesso a cada vez mais pessoas ao que chamamos de o inalienável direito à expressão artística”.
” Para nós que praticamos o TO, todo ser humano é artista, a Arte, como falar e andar, é capacidade inata ao ser humano, necessitando apenas ser exercitada. Todo ser humano possui potencialidades desconhecidas, que podem e devem ser redescobertas. O Teatro do Oprimido com seus jogos, exercícios e técnicas é um instrumento para isto”, exaltam os organizadores.
Mesmo nas universidades, consideradas, em nossa sociedade, território do saber, não estão livres do machismo, homofobia e racismo, dentre outras formas de opressão. Percebemos, então, a necessidade de inserir no ambiente acadêmico métodos como o Teatro do Oprimido (TO), que através de meios estéticos, principalmente o Teatro, implementa a prática do diálogo como instrumento para estudar as situações de conflito em busca de soluções possíveis, tudo ancorado sobre os princípios da Ética e da Solidariedade.
Dentro do processo criativo o sujeito e o grupo recriam, reelaboram suas vivências, assim percebem as várias possibilidades de transformar sua realidade no sentido da superação das opressões.
Além disso, ao oferecer um curso como este inserimos o diálogo na formação dos futuros profissionais como meio de resolução e mediação de conflitos. Desta forma os futuros profissionais formados pela Ufal estarão mais preparados para estabelecer relações de cooperação e intercâmbio de saberes, desconstruir preconceitos e serem agentes promotores da Cultura de Paz em seus ambientes de trabalho e na vida, favorecendo, ainda, o re-conhecimento e fortalecimento da identidade cultural universitária.
O curso acontece de 9h às 12h, todas as terças a partir do dia 17 de abril com duração de 2 meses e meio, sendo ministrado por Jairon Santos e Udson Pinheiro, multiplicadores formados na metodologia pelo Centro de Teatro do Oprimido (CTO). Veja as atividades contempladas:
Prática de jogos, exercícios e técnicas teatrais do arsenal do método que desmecanizam os cinco sentidos, a memória e a imaginação;
Leitura de textos e exibição de filmes sobre o TO;
Acompanhamento e análise das possíveis interações entre o TO e as diversas áreas do conhecimento propostas pelos participantes; e
Criação e apresentações de espetáculo de Teatro-Fórum.
Os coordenadores fazem uma observação quanto ao local de realização do curso: será no Espaço Cultural, na Praça Sinimbú ou no Campus A. C. Simões, e a definição vai depender do número de inscritos.
As inscrições podem ser feitas na Proes, no térreo da Reitoria, ou através do
e-mail projetovidarte@gmail.com. Informações: 9675-4060 (Carol) / 8831-6005 (Udson).