Júri simulado foi realizado na noite desta quarta-feira, 29
O desfecho de um projeto educacional desenvolvido por professores do Colégio Estadual Comendador José da Silva Peixoto, capitaneados pela professora de Língua Portuguesa, Vanusia Barbosa, aconteceu na noite dessa quarta-feira, 29, com a realização do julgamento de Lampião, personagem que há muitos anos ostenta o título de “Rei do Cangaço”.
Para poder realizar o júri simulado, onde as equipes buscaram analisar se o cangaceiro foi na verdade um herói ou vilão, os estudantes do ensino médio noturno realizaram uma série de atividades, inclusive em Piranhas, município que foi palco de muitas lutas envolvendo o Cangaço e os Volantes, policiais da época.
Também foi na cidade de Piranhas que a cabeça de Lampião e de outros do seu bando ficaram expostas após decapitação. Tudo isso pôde ser conferido pelos alunos no museu da cidade. Entre o material exposto, o que mais chamou a atenção do estudantes foi a famosa foto mostrando o empilhamento das cabeças dos cangaceiros na escadaria da prefeitura do município.
“Nossa visita a Piranhas foi extremamente importante. Além de visitarmos o museu que guarda fatos e fotos da época do Lampião, nós conhecemos também a Usina Hidrelétrica de Xingó e o Museu Arqueológico. Foi uma aventura inesquecível e emocionante”, declarou a professora Vanusia.
Os alunos também assistiram ao espetáculo da Companhia Penedense de Teatro, “Como Nasce um Cabra da Peste”, no secular Theatro Sete de Setembro, primeira casa de espetáculos de Alagoas. Na oportunidade, os estudantes conheceram um pouco do regionalismo e das crendices da época de Lampião e Maria Bonita, sua fiel escudeira.
Exposição
Já na noite desta quarta, 29, antes da realização do Júri Simulado, alunos, corpo docente, dirigentes do Colégio Estadual Comendador José da Silva Peixoto e visitantes conheceram um pouco da aventura do estudantes que participaram do projeto através de uma exposição com fotos e diversos produtos semelhantes aos utilizados pelo “Rei do Cangaço” e seu bando.
“Algumas das peças expostas no pátio da escola e que remetem a época do Cangaço foram produzidas pelos próprios alunos, outras eles correram atrás e conseguiram com colecionadores. Estamos satisfeitos com o sucesso do nosso projeto e muito e breve realizaremos outros do tipo para exercitar ainda mais o senso crítico de nosso alunos”, acrescentou Vanusia Barbosa.
Júri simulado
No Júri simulado, as equipes foram divididas em duas partes, a acusação e a defesa. Depois de um amplo debate sobre a vida de Lampião teve início a votação buscando a absolvição ou condenação do “Rei do Cangaço”. Apesar do embate ter sido forte, com teses bem fundamentadas na lei e no senso comum, o cangaceiro chefe acabou sendo condenado.
O principal objetivo do projeto foi o de compreender e usar a língua portuguesa como instrumento de interação e mediação do processo de comunicação nas diversas formas de linguagem, reconhecendo a disciplina como meio de expressão nas diversas situações, relacionando a estrutura das ideias e manifestações do pensamento.
“Gostaria de agradecer a todos os professores, nas pessoas da professora Angelúsia Bispo e do professor Roberto Vieira, pelo apoio e confiança em nosso trabalho. Estamos com a sensação de que o dever foi cumprido. Obrigado de coração”, finalizou Vanusia Barbosa.
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