Idealizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com a Secretaria da Primeira Infância (Cria), o Projeto Respirar vem beneficiando crianças que precisam de diagnóstico e tratamento por obstruções nas vias respiratórias. Este era o caso da bebê Lívia Emanuelly, de apenas dois meses, que passou por uma cirurgia respiratória no Hospital da Mulher (HM), em Maceió.
O cirurgião torácico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, Wander Mattos Cardoso, explicou que a cirurgia foi feita no primeiro Ambulatório de Via Aéreas Pediátricas do Estado, inaugurado no HM em janeiro deste ano. Ele integra o Projeto Respirar, que conta com o atendimento de equipe multidisciplinar para crianças que, por alguma alteração ou complicações decorrentes de outras patologias, precisaram realizar uma traqueostomia.
“Iniciamos o Projeto Respirar aqui na UTI do Hospital da Mulher, trazendo com isso muita tecnologia. Estreamos o uso de um ventilador não invasivo de alto fluxo. Essa bebê nasceu com uma paralisia de prega vocal. Para que uma pessoa respire adequadamente, as pregas vocais precisam ter o movimento de adução e abdução, abrindo e fechando. No caso dessa paciente, ela fica fechando o local por onde passa o ar. O nosso objetivo foi fazer uma lateralização, puxando essa prega vocal para um dos lados e, com isso, dar a ela diâmetro respiratório, explicou o médico.
Carla Vitória da Silva Barros, mãe da pequena Emanuelly, relatou que deseja ver a filha respirando adequadamente e crescendo com saúde. “Minha filha nasceu com paralisia na corda vocal. Confio muito no doutor Wander e sua equipe e também no Hospital da Mulher. Agradeço muito ao Programa Respirar por estar dando uma nova chance a minha filha, possibilitando mudar a sua história de vida”, disse.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, salientou que o Ambulatório de Via Aéreas Pediátricas e o Projeto Respirar representam um marco na história da saúde alagoana.
“A Sesau está realmente empenhada em fazer o melhor para todos os alagoanos. O impacto que esses projetos terão sobre essas crianças e seus familiares são fundamentais para um tratamento mais humanizado. Esperamos, com isso, que todas as crianças que necessitem de diagnóstico e tratamento para as vias áreas recebam uma assistência de qualidade”, destacou.
Para ter acesso ao Projeto Respirar, a criança que estiver fora de uma unidade de saúde deve ser encaminhada pelo Sistema de Regulação Estadual (Sisreg). As que estão em um dos hospitais mantidos pelo Governo de Alagoas podem receber o atendimento quando apresentarem o perfil indicado.