A manhã desta segunda-feira (14) foi marcada pelo lançamento do projeto Vozes Femininas. Com o objetivo de ampliar a inclusão feminina na política de Alagoas, cerca de 80 mulheres participarão, durante toda a semana, do curso de capacitação, que acontecerá na Praia do Francês. A iniciativa é da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, em convênio com a Secretaria Especial de Política para as Mulheres da Presidência da República.
A capacitação será marcada por palestras de técnicas da ONU que atuam em Petrolina e por representantes da Rede Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, com temas sobre feminismo, raça/etnia e história da mulher, entre outros.
De acordo com a secretária Kátia Born, esse evento é importante para a preparação das mulheres na sua organização política. “As participantes desse projeto são vereadoras, integrantes do projeto Mulheres da Paz e representantes de associações ligadas à mulher. É diversificado, mas todas com o mesmo objetivo: de torná-las políticas”, disse. “Hoje, no cenário político, quem não tiver organização, não se elege. A inserção das mulheres nesse cenário é de grande relevância para a luta de seus direitos como cidadãs”, ressaltou a secretária.
“Esse curso é uma grande ajuda para o empoderamento político das mulheres, abrindo caminhos para que nas próximas eleições saibam a importância de serem incluídas na política do Estado. Isso engrandece a democracia do nosso país”, disse a superintendente de Promoção dos Direitos e de Políticas da Mulher, Solange Viégas.
A criadora do projeto, Ângela Brito, disse que essa capacitação é especialmente para prepará-las para o mundo político, podendo eleger ou serem eleitas. “O eleitorado feminino no Estado é de 54,2%. Esse número mostra a grande quantidade de mulheres que elegem e as poucas que são eleitas. Precisamos de uma participação efetiva feminina nessa política”, disse.
Vozes Femininas
O projeto foi elaborado em 2008 por sua atual instrutora, Ângela Brito, com o intuito de pesquisar e trabalhar as questões ligadas às mulheres em cada município do Estado. Após aprovação em Brasília, o projeto passou a ser executado pela Superintendência de Promoção dos Direitos e de Pólíticas para a Mulher, vinculada à Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos.