Alagoas foi escolhido pelo Governo Federal, por meio do Mistério da Justiça, para receber o Projeto Lua Nova, voltado para mulheres e filhos. O projeto faz parte da implantação de uma metodologia mais participativa, com acolhimento e desenvolvimento social, envolvendo o trabalho de oficinas que geram renda. O Estado foi escolhido pelo número alto de crimes relacionados às drogas e usuários.
O evento, realizado nesta quarta-feira (27), no Hotel Matsubara, teve como parceiros a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Secretaria da Paz, além de ONGs e movimentos sociais.
“Dentro de uma política nacional da promoção da saúde, trabalhamos duas diretrizes. Uma que é a cultura de paz e combate ao álcool e outra drogas, principalmente o crack, estamos trabalhando o plano de enfrentamento do crack”, disse a assistente social da Sesau, Michelle Gama.
Segundo o coordenador geral de política de prevenção do Senad, Aldo Costa, é necessária a valorização no tratamento de dependentes químicos. Deve-se trabalhar visando a redução da vulnerabilidade social, assim como buscando tratamentos e propostas terapêuticas para cada usuário, dentro de uma estrutura que permita a ressocialização das pessoas e devolvendo-a ao convívio social.
O projeto chega ao Estado na busca de respostas concretas, que sejam capazes de reverter o efeito perverso da associação drogas, violência e juventude. Para isso, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça, está desenvolvendo ações para a implantação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.
O Plano tem por objetivo coordenar as ações federais de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas, bem como enfrentar o tráfico em parceria com estados, municípios e sociedade civil. É composto por diferentes projetos e atividades que visam a ampliação e o fortalecimento das redes de saúde e assistência social, além da melhoria do acesso da população aos serviços disponíveis.
Lua Nova
A Associação Lua Nova é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que nasceu com a missão de fortalecer a auto-estima, o espaço social, a cidadania e o direito à maternidade com responsabilidade de jovens mães em situação de risco social, possibilitando a vivência prazerosa do papel materno e a formação de crianças psiquicamente saudáveis.
A iniciativa tem como objetivo a construção de referências para programas de inserção social de mães jovens e seus filhos expostos a situações de risco. E assim, evitar a sua marginalização e discriminação, bem como a dolorosa e frequente separação das famílias.
A Lua Nova busca valorizar a maternidade e transformar a percepção da gravidez na adolescência de problemas que levem à possibilidade de superação da exclusão, incluindo-a, portanto no projeto de vida da jovem. Visa ainda, a vivência de experiências que possibilitem a descoberta do filho e o filho de sua mãe. Assim contribuindo para a superação dos conflitos e rejeições ligados à gravidez, promovendo a reconstrução do vínculo mãe-filho.
O trabalho de educação e de estruturação de um projeto de vida para a população atendida pela Lua Nova, considera cinco eixos básicos como fundamentais quais sejam: cidadania, maternidade, sexualidade, drogas e sustentabilidade. Neles, trabalham-se aspectos relacionados ao respeito, às regras, à responsabilidade quanto aos direitos e deveres.
O público atendido pela Associação Lua Nova é composto por jovens mulheres de 16 a 25 anos de idade, gestantes ou mães em situação de risco social. São consideradas situações de risco: o uso de drogas, a prostituição, a falta de moradia e a mendicância.