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Cultura

Projeto Graúna expõe artesanato de reeduandos no Maceió Shopping

Material chama a atenção das pessoas que passam pelo local e arranca elogios pela qualidade e beleza

Surpresa e encantamento, essas são algumas das reações mais frequentes de quem visita o stand do Projeto Graúna no Maceió Shopping. Desde o dia 10, a população alagoana tem uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho artesanal desenvolvido pelos reeducandos nas oficinas do sistema penitenciário. O material está chamando a atenção das pessoas que passavam pelo local e arrancou elogios pela qualidade e beleza. O stand ficará no local até o próximo domingo (20).

O Projeto Graúna é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e busca apresentar o trabalho pelos custodiados nas oficinas da Fábrica de Esperança, no sistema prisional. Entre os artigos expostos estão jogos de madeira, baús, toalhas, caminhos de mesa, roupas e quadros de filé. A decupagem e a marchetaria são algumas das técnicas utilizadas na confecção dos objetos.

Segundo a coordenadora de artesanato da Superintendência de Administração Penitenciária (SAP), Cilene Nascimento, os produtos mais procurados são as peças de madeira e de filé. Ela afirmou ainda que a expectativa em torno das vendas é alta. “Os visitantes ficam perplexos e encantados com a qualidade dos produtos confeccionados pelos reeducandos. A aceitação está sendo grande”, disse.

Cláudia Paiva, artesã, visitou o stand e elogiou tanto a iniciativa de levar artesanato a shoppings, quanto o material exposto. “É raro encontrar um espaço para o artesanato em shoppings, o que torna a exposição ainda mais especial. O preço é acessível e por trabalhar com decupagem, posso dizer que a qualidade dos objetos é impressionante. Não conhecia o trabalho desenvolvido no sistema prisional e posso dizer que esses reeducandos possuem talento”.

A aposentada Maria José Bispo adquiriu alguns objetos confeccionados pelos custodiados e afirmou que espera que o trabalho artesanal represente uma mudança na vida deles. “Comprei algumas peças e fico feliz em saber da origem dos produtos. As peças estão ótimas. Se todos ajudassem na ressocialização, teríamos uma sociedade diferente. Espero que eles tenham força para reagir e buscar um caminho diferente através desse trabalho”, concluiu.