Completando quase dois anos, o Projeto de Eucalipto avança nos experimentos de clones para análise de adaptação de solo e clima do Estado de Alagoas. Nesta segunda-feira (6), gestores do Governo do Estado e setor privado se reuniram para fazer uma análise dos resultados já alcançados, decidir os próximos passos e fazer um planejamento do projeto para 2011.
Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), José Nogueira, o estudo técnico da implantação da cultura do eucalipto em solo alagoano já está em pleno processo de crescimento, já que os clones plantados como experimento, em sete regiões de Alagoas, estão amadurecendo. “Demos um passo importante. Hoje Alagoas possui um raro banco de clone que atende todas as finalidades de utilização do eucalipto. Acredito que o projeto de Alagoas é o mais bem estruturado do país”, defendeu José Nogueira.
No início de 2011, os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, estarão em Alagoas para analisar os resultados da experiência nesses dois primeiros anos, tendo a pesquisa o tempo total de oito anos. Os pesquisadores farão levantamento do crescimento dos clones, verificação de pragas e adaptação ao solo e clima.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, lembrou que o projeto ocorre sob a parceria entre governo do Estado e empresariado, sendo este o motivador de estudo da cultura da planta. “Entendemos o grande potencial que Alagoas possui e os ganhos na criação de oportunidades de negócios com a movimentação econômica”, afirmou o secretário.
Benefícios – Dando continuidade, além do acompanhamento contínuo dos resultados dos clones, o projeto avançará para a elaboração do estudo para definição de direcionamento econômico, ou seja, utilização do eucalipto.
Também será elaborada em conjunto a normatização quanto ao meio ambiente, já que os especialistas defendem que o eucalipto também remove o gás carbônico da atmosfera, além de proteger o solo contra os efeitos de erosões.
O eucalipto serve para produção de madeira e carvão, mas também tem uma série de aplicações, como produção de papéis diversos; guardanapo; absorvente íntimo; papel higiênico; fraldas descartáveis; acetato (filmes); ésteres (tintas); cápsulas para medicamentos; componentes eletrônicos; óleos; produtos de higiene; produtos de limpeza; mel, própolis e geleia real; móveis; brinquedos; construção civil; postes e mourões.
O estudo de implantação somente é possível através de convênio entre os parceiros do projeto. Além do governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Agricultura e da Ciência e Tecnologia/Fapeal, empresários, por meio da Federação das Indústrias, Federação da Agricultura, Sebrae Alagoas, entre outros, também participam do projeto.