A partir da campanha ‘Setembro Amarelo’ de conscientização sobre a prevenção do suicídio, a Biblioteca Municipal Clodomir Silva, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), realizou, na terça-feira, 11, mais uma edição do projeto ‘Hora do Conto’. O intuito foi explicar às crianças sobre a valorização da vida, através das representações cotidianas. Desta vez, a parceria foi com o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Madre Tereza de Calcutá, no bairro Jabotiana, que levou os pequenos para participarem do momento lúdico.
De acordo com a coordenadora da biblioteca, Fabiana Bispo, o tema requer cuidado para ser abordado, mas o trabalho de conscientização do que acontece em nossa realidade deve ser ensinado. “A escolha do tema foi devido ao Setembro Amarelo e a gente deve abordar isso porque somos um campo de fomentação da informação. O assunto é pesado, no entanto, tem que mostrar a realidade. Para esclarecer o conteúdo foi escolhida uma contadora muito experiente no assunto que transmitiu, de forma lúdica, para as crianças”.
Para a contadora e bibliotecária aposentada da casa, Ivany Braz, ensinar a valorizar a vida desde cedo é importante. “Se cada um de nós fizer um pouco disso, com certeza o número de suicídio diminuirá. Eu creio muito nesse ditado: ‘aquele que planta colhe’, e se a gente está plantando sementes na cabeça dessas crianças sobre a valorização da vida, o suicídio, entre outros atos de violência, o índice dos casos diminui nas estáticas”, afirmou.
“Esse tema é tão relevante que não deve ser lembrado somente no Setembro Amarelo, mas em todas as vezes que tivermos a oportunidade de conversar com pessoas em fase de desenvolvimento intelectual. Eu agradeço à direção da biblioteca por sempre conceder o espaço para fazer aquilo que eu gosto, que é aconselhar e ensinar crianças, jovens e adultos sobre temas de grande importância social”, complementou Ivany Braz.
Durante a visita, além de participar da contação de história no auditório da biblioteca, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer todo o acervo bibliográfico da Clodomir Silva e prestigiaram a primeira Cordelteca Municipal do Brasil instalada na unidade. O educado, como é chamado o aluno do Cras, Guilherme Cauã, disse ter gostado da aula prática e destacou o que aprendeu. “Eu gostei muito do ambiente da biblioteca e também da palestra que foi bastante legal”, disse o pequeno.
Uma das educadoras do Cras Madre Tereza de Calcutá, Patrícia Calixto, ressaltou a necessidade de levar as crianças para um centro de informação cultural que trabalha com temas da mesma finalidade. “É muito importante porque eles precisam saber os problemas que acontecem dentro de suas famílias e até mesmo da comunidade. Outro ponto é a valorização da sua própria vida e, principalmente, essa turma que reside em uma comunidade de vulnerabilidade social. Nós trabalhamos sempre o modelo dessas atividades no Cras e essa oportunidade da biblioteca fortalece ainda mais o conhecimento das crianças”, concluiu.
