Desenvolvido por mais de 60 dias, o projeto Conhecendo Nossa História: União dos Palmares, idealizado pela professora Maria Elizabete Oliveira, teve seu ponto culminante durante as festividades do Mês da Consciência Negra, agora em novembro. O projeto surgiu com o propósito de resgatar a história do município utilizando recursos simples e diretos como a educação, alunos, professores, diretores, escolas, para reviver o nascimento da sociedade palmarina, a cultura, costumes e atualidade de um povo humilde, forte e lutador.
O ponto culminante do projeto aconteceu nos dias 16, 17, 18 e 19 de novembro, na quadra de esportes municipal com apresentações culturais, sociais e educativas realizadas pelos alunos da rede pública em parceria com a sociedade e escolas. Centenas de pessoas assistiram as apresentações que aconteceram durante quatro dias no período da tarde no centro da cidade.
O projeto
Segundo a professora Maria Elizabete Oliveira, que atuou na execução do projeto junto com a equipe técnica da Semed, o Conhecendo Nossa História: União dos Palmares visou desenvolver atividades ligadas à cultura afro (com raízes no município); reconhecer e estimular a cultura palmarina; investir no potencial dos alunos usando a história, a arte, a cultura e a ciência para atrair a atenção da comunidade no período que antecedia o 20 de novembro.
Atividades e Cronograma
Nos meses de setembro e outubro o projeto foi trabalhado nas escolas com matérias didáticas como matemática, português, ciências, ensino religioso, cultura palmarina e geografia, utilizando poemas, gráficos, peças de teatro, música, dança, maquetes, pesquisas, entrevistas, montagens de murais, documentários, paródias e outros meios. Teve também a participação da comunidade, como por exemplo, do Mestre Caboclo Linho, Nel do Reggae, entre outros que tiveram participação importante no projeto como comunidade.
Culminância
Em 11 de novembro, um grande desfile escolar aconteceu em União dos Palmares. Uma multidão de estudantes tomou às ruas do centro da cidade desfilando com alegria e organização as cores da cidade, a história de nossos políticos, poetas, médicos, artesãos, do nosso povo, nossa cultura, nossa música, nossa terra, nossa gente. Crianças, jovens, adultos, professores, coordenadores, bandas fanfarras, fizeram parte do mais belo desfile estudantil já ocorrido no município.
E nos dias 16 a 19 as apresentações feitas nas escolas foram mostradas na quadra municipal, levando milhares de pessoas para assistir de perto o renascimento da cultura palmarina. De acordo com Elizabete Oliveira, já existe uma idéia de manter o projeto durante os próximos anos, sempre no período do Mês da Consciência Negra, já que os objetivos foram alcançados com louvor nesta primeira tentativa.
“Esse projeto foi um sucesso, mostra o valor e a importância de manter viva nossa cultura e nossa história. Tudo que for possível para se fazer será feito para manter acesa a chama da liberdade em nossa terra”, afirmou o prefeito Areski Freitas, durante entrevista.
“Estamos muito felizes com o resultado. A participação das escolas, da população, dos pais, dos professores e diretores Foi extremamente importante para a realização deste projeto, bem como a da equipe da Semed, do corpo de ensino, do secretário Josafá Ferreira e da primeira-dama Gabriela Freitas”, disse Elizabete Oliveira.
O projeto terá continuidade nas escolas Papa Paulo VI, Antonio Gomes de Barros, Pedro Cândido da Silva, Herculiano Albuquerque e Joaquim Gomes, que ficam em comunidades rurais, com acompanhamento de técnicos da Semed, pela dificuldade da vinda dos alunos matriculados nestas escolas para o centro do município.
Serra da Barriga
Como parte do projeto, as escolas conduziram seus alunos até o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, para uma visita acompanhados por guias turísticos. “O objetivo foi oferecer aos estudantes uma visão diferente do parque e da história do Quilombo dos Palmares. Foi um grande sucesso, os alunos gostaram e o resultado foi um envolvimento muito mais intimo nas apresentações do projeto na quadra municipal”, concluiu Elizabete Oliveira.
