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Programa de Avicultura Familiar fortalece pequenos negócios de Alagoas

Agricultores de Carneiros, Dois Riachos e Palmeira dos Índios, foram beneficiados nos últimos dois dias com a entrega de aves e ração, por meio do Programa de Avicultura Familiar de Alagoas (PAF). Em Carneiros e Dois Riachos, 50 produtores, selecionados previamente – analisando critérios como aptidão – para criar galinha caipira receberam 30 aves de corte e 30 de postura e mais 120 kg de ração, cada produtor.

Já em Palmeira, foram 50 produtores, anteriormente beneficiados com o primeiro lote, que receberam uma reposição de 40 aves de corte e 80 kg de ração. O PAF faz parte do Programa Alagoas Tem Pressa, desenvolvido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), e parceria com o Instituto Globoaves, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae Alagoas) e o Instituto de Ciência e Tecnologia de Alagoas (ICTAL).

“Temos produtores que começaram com as 60 aves distribuídas pelo programa e hoje já têm mais de 600 aves”, explicou a diretora de Políticas Públicas da Seagri, Thaysa Novaes. De acordo com Luciano Barros, superintende de Inclusão Produtiva da Seagri, a ideia é que o programa cresça e beneficie mais famílias em 2014.

“Transformar a vida das pessoas tem sido compromisso para o governo do Estado e o lema de todos os programas desenvolvidos pela Seagri. O PAF só tem trazido benefícios a milhares de agricultores familiares de Alagoas e como tudo o que é bom precisa ser ampliado, a ideia é que em 2014 o programa cresça mais”, destacou o superintendente.

Para o secretário de Articulação Política de Palmeira dos Índios, Antônio Fonseca, mudar o cenário dos municípios alagoanos só é possível com ações integradas junto ao Estado. “Só temos a agradecer a parceria do governo do Estado no desenvolvimento deste município. O trabalho integrado da Prefeitura, do governo estadual e de outras instituições só tem a trazer benefícios para Alagoas”, disse o representante do prefeito James Ribeiro, durante a solenidade de entrega de aves naquele município.

Agregando valor ao produto

De tradição familiar à oportunidade de negócio. Foi o que se transformou a carne do sol de galinha, produzida por Maria Verônica dos Santos, de Palmeira dos Índios. Verônica conta que a mãe e a avó já faziam o produto porque não tinham geladeira e precisavam encontrar alternativas para conservar os alimentos.

Em 2006, ela viu que isso poderia agregar valor comercial à venda de galinha e começou a buscar meios para organizar seu negócio. Construiu abatedouro, comprou animais e ração. E de lá para cá vem levando o nome de Alagoas para outros estados com a já famosa iguaria.

“Turistas de várias partes do país me ligam encomendando a carne do sol de galinha. As pessoas gostam muito. Vários políticos, pessoas de bancos, visitantes do Estado, que sabem, querem comprar e levar o produto. E assim, minha produção vai ficando famosa”, explicou Verônica.

A produtora fornece galinha caipira tratada, carne de sol de galinha e pretende fazer a carne da ave defumada. Verônica é uma das beneficiadas pelo Programa de Avicultura Familiar e acredita que isso só vem fortalecer ainda mais seu negócio, já que ela recebe mais apoio para a produção. “Vi que era melhor eu produzir e agora fazendo parte do programa de Avicultura Familiar acredito que vou ganhar mais força e lucro”, disse a produtora.

Para o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, o PAF também é uma ferramenta de inclusão produtiva e permite que as pessoas beneficiadas ampliem a visão de mercado e possam agregar mais valor a seus produtos.

“O programa é mais uma ferramenta que o governo do Estado utiliza para dar mais oportunidades ao homem do campo. Conhecer novas formas de acessar o mercado, produzir derivados e levar a produção alagoana para outros estados são formas de permitir ao homem do campo viver com mais dignidade e qualidade de vida”, destacou Marinho.

Atualmente, um quilo de galinha custa R$ 8, já a galinha caipira produzida por Dona Verônica, é vendida por R$15, o quilo. “A gente quando faz o que gosta consegue crescer. Cinquenta por cento da minha renda familiar vem da produção de galinhas. Já formei uma filha em faculdade particular e o outro está cursando Administração. Com o apoio na divulgação do produto e na produção, a tendência é melhorar ainda mais. Ainda vou ganhar muito dinheiro com isso”, disse orgulhosa, Verônica.

Nos dias de produção, a produtora contrata ainda mais três pessoas para trabalhar, o que gera renda também para a comunidade. Este ano, além de ser beneficiada pelo PAF, a produtora recebeu sementes de milho e feijão pelo programa de Sementes do Governo do Estado.