Todas as categorias de profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) estiveram reunidas no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), nos últimos dias 24 e 25, para participar do Curso Admissional de Atendimento Pré-hospitalar (APH). Promovido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP/Samu), o curso proporcionou esclarecimentos sobre protocolos relacionados à Central de Regulação do Samu e aos procedimentos em suporte básico de vida, inclusive em casos de emergências clínicas e traumáticas.
Presente no momento de abertura, a superintendente do Samu 192 Sergipe, Conceição Mendonça, destacou a importância de estreitar relações entre equipe gestora e profissionais, bem como de fortalecer a educação permanente como forma de qualificar a assistência pré-hospitalar. “A meta inicial da atual gestão é estar entre os profissionais, criando protocolos que favoreçam a unificação das linguagens utilizadas pelos diferentes profissionais que atuam no Samu. Para isso, todas as competências serão consideradas e alinhadas ao objetivo unificado que é o de salvar vidas”, afirmou a supetintendente.
Educação Permanente
Segundo o gerente do NEP/Samu, Alisson Azevedo, a intenção de unir médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores de veículos de urgência, Técnicos Auxiliares de Regulação Médica/Rádio Operadores (TARM/RO) e profissionais da área administrativa é oferecer e receber subsídios para a implantação de um formato específico de aulas práticas e teóricas. Essas aulas poderão ser ministradas em situações de admissão de pessoal e periodicamente, a fim de munir os profissionais de conhecimentos e experiências compartilhadas.
“Potencializando conhecimentos científicos, estamos contribuindo para a melhoria da prática de trabalho em qualquer que seja a área de atuação. No caso dos que atuam diretamente na assistência pré-hospitalar, a ciência dos procedimentos em suporte básico de vida é necessária para que o profissional administre com maestria os de suporte avançado. Nessa perspectiva, vimos a importância de questões, como a cinemática do trauma, análise de traumas contuso e penetrante, considerações sobre colisões frontal, traseira e lateral, cujos conteúdos foram ministradas por um dos profissionais do próprio Serviço, nesse caso, a enfermeira Cíntia Guerra”, explicou Azevedo.
Conteúdos relacionados às emergências clínicas ficaram a cargo do médico integrante do NEP/Samu, Renato Mesquita. “O APH tem a função de primar pela rapidez no sentido de retirar o paciente da cena nas melhores condições possíveis, ou seja, em condição clínica ideal para a remoção. Uma vez que a emergência se configura num conjunto de sinais e sintomas que traduzem a gravidade de um caso, as equipes assistenciais atendem e encaminham o paciente para uma unidade de saúde. Desempenhando bem esse processo e investindo na educação permanente, torna-se possível qualificar cada vez mais esse fluxo”, ressaltou o médico.
Participantes
A aquisição de novos conhecimentos foi inevitável para o condutor de veículo de urgência e também técnico de enfermagem Josemilson Fontes, recém admitido no Samu 192 Sergipe. “Todo o leque de conhecimentos na área da enfermagem foi adaptado ao contexto pré-hospitalar móvel de urgência, o que me trouxe dupla vantagem por me sentir mais capacitado para ser um condutor de ambulâncias que traz consigo a experiência na área assistencial e o conteúdo atualizado de informações”, concluiu o profissional.
Na opinião de Thiago Meireles, médico regulador do Samu, o acesso às informações básicas é necessário para a maior efetivação do serviço de urgência e emergência. “Utilizando uma linguagem bastante acessível, em favorecimento dos que não manejam as linguagens técnicas específicas da área da saúde, o curso de APH se faz necessário para a ampliação de conhecimentos sobre o funcionamento do Samu e sobre como proceder em casos de urgência. Uma ótima iniciativa pautada na unificação”, analisou o médico.