Na manhã desta quarta, 31, três profissionais que durante o mês em conscientização a violência contra a mulher realizaram várias ações em Penedo, estiveram na Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) para falar um pouco sobre o “Agosto Lilás”.
Na oportunidade, Gilvânia Fagundes (diretora do Creas), Liliana Sena (psicóloga) e Emanuella Coelho (escrivã da Delegacia Regional) concederam uma entrevista ao radialista Peterson Almeida, do Programa “Canal do Povo”.
Logo de início, Gilvânia Fagundes contou que diversas ações foram realizadas na cidade durante todo o mês para dar visibilidade ao tema, ampliando os conhecimentos legais e auxiliando as mulheres que sofrem essas violências.
“Os casos de violência cresceram e chamaram nossa atenção, então resolvemos realizar ações durante todo o mês com blitz, visita em escolas e muito mais. Enquanto diretora do Creas, reafirmo que essas ações não irão parar por aqui. Temos um suporte muito bom de toda rede, tanto da polícia, quanto da área da saúde e da justiça, então não pararemos”, disse Gilvânia.
Já Emanuella Coelho, escrivã da 7ª DRP, revelou aos ouvintes que quem se sentir violentada, pode procurá-la, que o atendimento será de mulher para mulher.
“Por muitas vezes as mulheres não querem fazer a denúncia para outro homem, pelo abuso que sofreu, seja ele físico, patrimonial, psicológico ou verbal. Observamos que a que mais se destaca é a física, mas os outros tipos crescem a cada dia e muita gente não sabe que é violência. Pode ser uma fala a um empurrão, é violência. Então pra que elas se sintam acolhidas, na delegacia, o primeiro atendimento é feito por uma mulher”.
Ainda segundo a escrivã, em um estudo feito no Estado, Penedo está em 4º lugar em casos de violência doméstica. “Estamos trabalhando para diminuir essa crescente na cidade, que só perde para Maceió, Arapiraca e Rio Largo. Trabalharemos a fundo para baixar esse índice”, finalizou.
Na questão psicológica, Liliana Sena explicou a mudança de comportamento dos agressores. “É cultural essa questão de poder. Nos relatos, as mulheres se sentem culpadas, então temos que trabalhar a consciência delas no fato da manipulação desses agressores para quebrar o ciclo da violência”.
As três profissionais ainda falaram sobre outras questões referentes ao “Agosto Lilás”. Clique no player e confira na íntegra!