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Sergipe

Professores de Neópolis paralisam atividades por três dias

Professores de Neópolis paralisam atividades por três dias

Os professores da rede municipal de Neópolis paralisam as atividades durante os dias 21, 22 e 25 de julho. Durante os três dias de paralisação, os professores realizarão diversas atividades para avaliar e definir os novos rumos do movimento que luta pela revisão do piso nacional do magistério, estimado em R$ 1.187,00, e melhorias nas condições de trabalho no município ribeirinho.

No primeiro dia de paralisação, os professores da cidade localizada a 121 km de Aracaju realizarão um ato público em frente à prefeitura de Neópolis. A manifestação terá início por volta das 8 horas e contará com a presença dos servidores da educação e da população em geral, que com faixas e cartazes vão expor as reivindicações da classe.

Na sexta-feira, 22 de julho, as atividades continuam em Neópolis. Para esse dia, os professores informam a realização uma grande passeata pelas principais ruas da cidade, a partir das 18h30. Já na segunda-feira, 25, toda a categoria se reunirá a partir das 17 horas, no Centro de Educação Profissional Agonalto Pacheco, para fazer um levantamento sobre os efeitos da paralisação.

Prefeito não comparece as reuniões com a classe

De acordo com a comissão de negociação da base do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Sergipe (Sintese) no município de Neópolis, a paralisação será realizada como forma de chamar a atenção do prefeito Marcelo Guedes. Segundo os sindicalistas, sempre que é marcada uma reunião, o gstoor não comparece.

Ainda de acordo com a comissão do Sintese, a administração do prefeito Marcelo Guedes está elaborando um projeto que visa a extinção da gratificação concedida a professores que trabalham nos povoados e varia de acordo com a distância percorrida, podendo chegar a 15% do salário base do magistério de Neópolis.

“Falta no prefeito o querer fazer”, diz professora July

Para a professora e vereadora Julianne Pereira Bastos de Santana (PDT), July, como é mais conhecida no município, o que falta no prefeito Marcelo Guedes é “o querer fazer”. Segundo ela, o município de Neópolis tem sim condições de implantar o piso salarial do magistério e de manter a gratificação concedida a título de interiorização.

“Hoje, economicamente falando, Neópolis vive uma situação estável. Basta apenas que o prefeito se sensibilize com a classe e analise a situação vivida pelos professores do município, que hoje trabalham em condições precárias e sem um salário digno. É preciso que o prefeito valorize mais os servidores efetivos do município, para que tudo volte à normalidade. Tirar a gratificação dos professores não é o melhor caminho, espero que ele se convença disso”, declarou a professora July.

Professores terão que escolher entre gratificação e transporte escolar

De acordo com a assessoria de comunicação do prefeito Marcelo Guedes, ele está ciente das reivindicações dos professores e já busca a definição de uma data para a realização de uma reunião com os servidores para debater as reivindicações da categoria.

A secretária de educação de Neópolis, Rosiane Dias, disse que não é possível implantar o piso nacional do magistério, com o pagamento da gratificação da interiorização, e ainda o transporte escolar. Segundo ela, o piso será concedido, mas os professores terão que escolher se ficam com o transporte escolar ou com a gratificação.

Ainda segundo Rosiane, um documento com as reivindicações dos professores já foi enviado para a consultoria da prefeitura de Neópolis, que analisará as propostas e o impacto causado sobre a folha de pagamento.

“Entendo que a reivindicação da classe é justa. Só que não podemos ser irresponsáveis com as contas do município. Estamos analisando as propostas e não tenham dúvidas que optaremos pela forma mais benéfica para os servidores”, finalizou a secretária.