Professores de Neópolis continuam em greve por tempo indeterminado
O impasse entre os professores de Neópolis e o prefeito Marcelo Guedes continua longe de terminar. Em greve há três semanas, os professores esperam um posicionamento do chefe do executivo municipal sobre as reivindicações da categoria que almeja, além de um reajuste salarial condizente com a realidade do município, melhores condições de trabalho e investimentos na estrutura física das escolas da rede municipal.
A professora Jociene Matilde Silva de Amorim conversou com a redação do portal de notícias aquiacontece.com.br e falou sobre os rumos da greve dos professores do município ribeirinho. Segundo ela, o prefeito insiste em oferecer uma proposta indecente e que não atende as necessidades da classe.
“Já estamos há três semanas em greve e esperando um posicionamento do prefeito. Ele fez uma proposta e nós, em assembléia, rejeitamos. Fizemos a contra-proposta e o prefeito simplesmente ignorou. Ele quer que nós aceitemos 8% de reajuste e sem a gratificação de interiorização o que prejudica principalmente os trabalhadores que exercem suas atividades na zona rural do município”, declarou a professora.
Ainda segundo a professora Jociene Matilde, os professores já conversaram e decidiram que até aceitariam que a gratificação de interiorização fosse retirada, mas, para isso, o salário do magistério de Neópolis teria que ser reajustado em 15%.
Na terça-feira, 23 de agosto, os vereadores de Neópolis votaram o projeto de lei do executivo que previa, entre outras coisas, a questão do reajuste dos professores. Mais uma vez o prefeito Marcelo Guedes propôs um reajuste de 8% e a retirada da gratificação de interiorização. Sensibilizados com a luta dos professores, os vereadores decidiram então vetar o artigo que previa o reajuste descartado pelo magistério.
Dando continuidade as ações programadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (SINTESE), a partir das 19 horas desta sexta-feira, 26 de agosto, será exibido na Praça Monsenhor José Moreno de Santana, o premiado filme “Carregadoras de Sonho”. O filme, que foi produzido pelo sindicato, retrata a realidade da educação de Sergipe, abordando seus principais erros e acertos. As protagonistas do filme são professoras sergipanas que mais do que ninguém conhecem a situação da educação no estado.
