A Câmara Setorial Produtiva da Mandioca e o Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca no Agreste retomaram o debate em torno da equalização do custeio da produção, visando o desenvolvimento da mandiocultura em Alagoas. Representantes da Câmara e do APL, produtores e técnicos da área estão participando, esta semana, da programação da Expoagro 2010.
Segundo o presidente da Câmara, Eloísio Lopes Junior, os membros se reúnem anualmente, mas em razão da Expoagro foi marcada uma reunião especial onde se debateu, na última quarta-feira (27), assuntos que impulsionam o desenvolvimento da prática. A Câmara foi criada pelo Governo do Estado, em 2008, para atender a uma reivindicação antiga dos produtores de mandioca inseridos no APL da Mandioca no Agreste alagoano.
“Foi um espaço qualificado de debate e busca de soluções para impulsionar a cadeia produtiva do tubérculo no Estado”, disse. Na reunião, o engenheiro agrônomo Marcos Dantas apresentou as dificuldades para o financiamento.
Com o tema “Cidadania igual e distribuição de riqueza: posições relevantes para a agricultura familiar”, Dantas destacou as diferenças nos tamanhos das propriedades como um dos principais problemas encontrados pelos produtores. Ele ainda frisou o apoio do Governo aos pequenos produtores com a finalidade de qualificar os agricultores valorizando a produtividade.
Também participaram da reunião representantes do APL Mandioca no Agreste, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae/AL) e do Banco do Brasil, que destacaram o Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) criado pelo banco para apoiar o crescimento da produção local.
“O BB possui 12 DRS voltadas para a produção da mandioca, o que totaliza uma média de R$ 21 milhões investidos nessa prática”, disse Denilval Ferreira, representante da diretoria do Banco.
De acordo com o gestor do APL da Mandioca no Agreste, Nelson Vieira, é importante debater o assunto para que seja notificada a quantidade de lucros e débitos obtidos com a produção. “É necessário sabermos os números fidedignos da área plantada, rendimento e lucro produtivo”, disse.
O APL Mandioca no Agreste Alagoano foi criado em 2004, é formado por 14 municípios e conta com 348 associações, quatro federações e nove cooperativas. O arranjo faz parte do Programa de Arranjos Produtivos Locais de Alagoas (PAPL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), em parceria com o Sebrae/AL.
