Depois da seca, produtores podem aumentar a produção de leite
Mais uma associação de produtores tem a chance de melhorar a qualidade e aumentar a produção de leite, gerando mais renda para sua região e deixando para trás os prejuízos da estiagem dos últimos meses. Na tarde desta sexta-feira (26), a Associação dos Produtores de Leite de Igreja Nova recebeu da Secretaria deEstado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), um botijão com sêmen de animais e um kit de inseminação artificial, dentro das ações do Programa Alagoas Mais Leite.
Agora, Romilson de Souza, produtor, pretende aumentar a produção e melhorar o rebanho. “Este kit vai permitir um aprimoramento da nossa atividade no que se refere à criação de melhores rebanhos, na própria comunidade, deixando para trás a busca de bons animais fora da região. O que pode gerar mais renda e aumento na nossa produção”, disse Romilson.
Ele conta que eram produzidos 3 mil litros de leite por dia, mas, com a seca, este número baixou para 900 litros. “Agora, renovamos a esperança e podemos até, bater a nossa produção normal, até porque o período de chuva está chegando e este equipamento vai contribuir muito para colhermos bons resultados, numa época que já é favorável para poduzir”, complementou o produtor.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, Rodrigo Marinho Júnior, esta é apenas uma das ações do programa, que tem como público-alvo os agricultores familiares. “Temos ações voltadas para a capacitação do produtor, gestão da propriedade, formação de cooperativas e associações, compras e vendas em conjunto, aquisição de tanques de resfriamento, caminhão-tanque, insumos e equipamentos. Sem esquecer, evidentemente, de assistência técnica constante e específica”, explicou.
Segundo o gestor do Programa Alagoas Mais Leite, Renato Carvalho, desde 2010, quando o programa foi criado, cerca de 40 associações já receberam os kits de inseminação. “O objetivo é melhorar o rebanho dos pequenos agricultores para, com isso, aumentar a produção de leite local. Cerca de 80% dos produtores de leite do Estado são agricultores familiares e eles respondem por 50% da produção de leite de Alagoas, porém, ainda enfrentam dificuldades de acesso à tecnologia”, destacou.
“Os próprios produtores fazem o procedimento de inseminação nos animais porque eles já foram capacitados pela Seagri e parceiros para isso. Com isso, teremos crias melhoradas geneticamente e com maior potencial para produção de leite do que as matrizes”, disse o zootecnista, Gustavo Ramos, da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA).
O Programa Alagoas Mais Leite está entrando em uma segunda fase, na qual serão investidos mais R$2 milhões para o biênio 2013/2015. Para esta nova etapa, estão planejadas ações de compras de equipamentos, monitoramento, por meio da coleta e análise do leite, capacitações, entre outras. Ao todo, já foram investidos mais de R$ 7milhões. A ideia é profissionalizar a atividade, garantir aumento da produção e melhorar a renda das famílias.