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Negócios/Economia

Produtores de coco querem revitalizar a cadeia produtiva

Os produtores de coco de Alagoas estão engajados na revitalização da cadeia produtiva do segmento. Para isso, alguns deles vão a Aracaju (SE), nesta segunda-feira, 31, para um encontro de dois dias que vai tratar da recuperação do coqueiro gigante no Nordeste do Brasil.

Numa iniciativa do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco (Sindcoco) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Tabuleiros Costeiros (Embrapa), o encontro tem como tema “Fundamentos tecnológicos a serviço do fortalecimento da cadeia produtiva do coco”.

O evento é voltado para pesquisadores, extensionistas, especialistas e produtores envolvidos com o cultivo do coco no Nordeste e vai tratar também da implantação do projeto “Rede de transferência de tecnologias para revitalização das áreas cultivadas com coqueiros nos tabuleiros costeiros e baixada litorânea do Nordeste”, por meio da integração entre todos os parceiros da cadeia produtiva.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Coco de Alagoas (Prococo), Eurico Uchôa, é importante que os produtores alagoanos participem do evento em Sergipe e conheçam as alternativas para o setor, que em Alagoas sofre com a baixa produtividade e falta de linhas de financiamento.

Os interessados em participar do evento devem buscar informações pelo telefone (79) 4009-1344, fax (79) 4009-1399 ou pelo e-mail: sac@cpatc.embrapa.br, site: www.cpatc.embrapa.br/eventos/revitalizacao.

Cenário da cadeia produtiva — “Não temos linha de crédito. Se a gente obtém um empréstimo num banco, devemos pagar em um ano, mas o adubo que compramos com esse recurso, por exemplo, só começa a surtir efeito depois de um ano, então não temos como pagar o empréstimo”, cita Eurico Uchôa.

Ainda de acordo com ele, o uso de irrigação, fertilizantes e assistência técnica custa caro e, sem apoio das entidades financeiras, é difícil revitalizar o setor. “A partir de agora estamos contando com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, para ações importantes dentro da cadeia”, ressalta Eurico Uchôa.

Segundo ele, outro problema que afeta os produtores é o roubo de coco. Para solucionar esse problema, a categoria já teve uma reunião com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, no dia 30 de junho, e uma outra reunião está marcada para o dia 17 de setembro.

Pelos dados da Prococo, Alagoas tem hoje 5.300 produtores e 12,5 mil hectares plantados com coqueiros. São realizadas seis colheitas ao ano e cada árvore produz uma média de 4,5 unidades por colheita.

A produção de coco de Alagoas vai principalmente para São Paulo e para uma indústria de beneficiamento no Distrito Industrial, em Maceió. O produtor recebe R$ 0,60 por unidade, segundo Eurico Uchôa.