O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, teve variação de 0,65%, em janeiro – 0,09 ponto percentual acima da taxa de 0,56% de dezembro. Os dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,44%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,56%).
A maior contribuição para o resultado de janeiro veio do grupo transportes, com variação de 0,79% em relação a dezembro, sobretudo, devido ao reajuste das tarifas dos ônibus urbanos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte e dos ônibus intermunicipais em várias regiões.
Ainda segundo o IBGE, o grupo dos alimentos variou 1,25% em janeiro frente a 1,28% em dezembro e foi a segunda maior contribuição para a alta do índice. O IPCA-15 de 0,65% teve 0,44 ponto percentual de impacto dos dois grupos, o que significa 68% do índice.
A refeição consumida fora do domicílio, com 1,63% em janeiro ante os 1,13% de dezembro, ficou com o maior impacto individual do mês, 0,08 ponto percentual. Consumidos fora, continuaram subindo, o lanche (de 1,57% para 1,42%), o refrigerante (de 1,06% para 1,37%) e a cerveja (de 1,18% para 1,27%).
O estudo mostra também que vários alimentos consumidos em casa também contribuíram para o aumento da inflação, com destaque para: tomate (de -1,63% para 11,22%), feijão carioca (de 2,51% para 10,42%), batata-inglesa (de -5,77% para 4,29%), carnes (de 4,36% para 2,03%), frutas (de 1,64% para 1,44%) e arroz (0,62% para 1,06%).
O grupo habitação manteve a mesma taxa de dezembro (0,54%), mas alguns itens continuaram em alta, como: aluguel residencial (de 0,71% para 1,33%), condomínio (de 0,74% para 0,70%), taxa de água e esgoto (de 0,00% para 0,13%). Já energia elétrica caiu para 0,28%, em janeiro, após alta de 0,65% em dezembro. O item saúde e cuidados pessoais (de 0,41% para 0,40%) registrou variações próximas, devido, principalmente, aos resultados dos remédios (de 0,26% para 0,02%) e dos artigos de higiene pessoal (de 0,31% para -0,10%).
O Rio de Janeiro apresentou a maior taxa entre as regiões pesquisadas (1,01%), devido ao aumento nas passagens dos ônibus urbanos (4%) e intermunicipais (3,01%), bem como dos alimentos (1,93%). O menor índice ficou com Porto Alegre (0,39%), onde os alimentos variaram somente 0,04%.