O radar de meteorologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o departamento responsável da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) apontam para mais chuvas em Alagoas a partir desta terça-feira (22). As regiões da Zona da Mata, do Agreste e do Litoral alagoano deverão ser as mais atingidas.
A Defesa Civil está mantendo contato permanente com o departamento de meteorologia da Ufal e com a Semarh para monitorar o tempo e se antecipar no socorro às vítimas. Apesar de os níveis dos rios estarem baixando nas cidades inundadas, há expectativa de mais chuvas provenientes de Pernambuco em solo alagoano, segundo o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Denildson Queiroz.
De acordo com o meteorologista Emanuel Teixeira, as chuvas não serão intensas, como as ocorridas no último final de semana e que afetaram 21 cidades alagoanas, principalmente as pertencentes ao Vales do Mundaú e do Paraíba, deixando rastro de destruição em função dos transbordamentos dos rios provenientes de Pernambuco.
As cidades mais atingidas são São José da Laje, Jacuípe, União dos Palmares, Rio Largo, Joaquim Gomes e Santana do Mundaú, esta praticamente sem acesso por terra. Segundo ele, a população pode confiar no governo de Alagoas e nos entes públicos que não têm medido esforços no sentido de minimizar os prejuízos materiais e evitar perdas de vidas.
As cidades que ficaram sem energia e que tiveram as torres de celular danificadas, a exemplo de Jacuípe, poderão contar com rádios amadores pertencentes à Polícia Militar e da Defesa Civil que apela para a colaboração voluntária dos profissionais de saúde. A corporação apela para que as prefeituras das cidades mais atingidas pelas inundações acelerem o envio da Notificação Preliminar de Desastres (Nopred) e Avaliação de Danos (Avadan), documentos que informam com mais precisão sobre a necessidade de cestas básicas, água potável e demais donativos.