O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país ficou em 0,33% em julho. A taxa é quase o dobro da registrada no mês passado (0,18%), divulgou hoje (20) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre janeiro e julho, o índice cresceu 2,91% e está abaixo do IPCA-15 do mesmo período de 2011, 4,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, fechou em 5,24%, um pouco mais alto do que a inflação medida nos 12 meses anteriores (5%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, os preços de alimentação e bebidas e despesas pessoais pesaram mais. No caso dos alimentos, o indicador passou de 0,66% para 0,88%. Correspondendo a 61% do IPCA-15, é o item com maior influência no resultado geral.
Segundo o IBGE, a alta de preços dos alimentos reflete um comportamento adverso do clima, que afetou lavouras de diversos produtos. Entre os mais prejudicados está o tomate, cujo preço já tinha subido na passagem de maio para junho e agora ficou 29,3% mais caro. A cenoura, a batata-inglesa e o pão francês também tiveram aumento. Este último, por causa da alta do preço do trigo.
Já em despesas pessoais, o indicador cresceu 0,92% em julho. O resultado foi puxado principalmente pelo aumento de custos com o item empregado doméstico (de 0,6% para 1,37%), que, ao lado do tomate, exerce um dos maiores impactos no IPCA-15, de 0,05 ponto percentual, cada.
Por outro lado, em três grupos pesquisados, o IBGE registrou diminuição da inflação. São eles: habitação (de 0,53% para 0,41%), vestuário (de 0,66% para 0,39%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,37%). No restante, o resultado de julho foi maior do que o de junho.
Em relação à inflação nas capitais brasileiras, o aumento de preços foi mais intenso em Porto Alegre (0,63%), principalmente por causa do item alimentação e bebidas. Em Fortaleza (0,09%), foi registrada a menor taxa, reflexo da diminuição de preços de energia elétrica.