Corajoso, Marcos Barbosa comentou sobre os interesses dos envolvidos
Centenas de regatianos estiveram nesta quinta-feira na Pajuçara, para ouvir o pronunciamento do presidente executivo do CRB, Marcos Barbosa, que prestou esclarecimentos e respondeu perguntas da imprensa e torcedores sobre as negociações do patrimônio do clube: o Estádio da Pajuçara, o Beer CRB e a sede administrativa.
Na mesa, ao lado de Marcos Barbosa, ficaram também o conselheiro Márcio Lessa, o procurador jurídico Antonio Almeida, os presidente das torcidas organizadas do clube, CRB Chopp (João Tigre), Galo Chopp (Batista), Comando Alvirrubro (João Gordo), Rogério Rodrigues (Garra Alvirrubra), Ricardo Morais (Ong CRB Acima de Tudo) e Carlinhos da Confraria.
Segundo o presidente do Galo, três conselheiros estariam interessados em tirar proveito com a negociação de parte do patrimônio regatiano: Enaldo Marques, Kennedy Calheiros e Carlos Rubens.
“Além de humilhar os torcedores, eles querem destruir o CRB”, disse Barbosa. “Me chamaram para um almoço, onde me apresentaram dois documentos para assinar. Em um havia o valor de R$ 20 milhões e, no outro, havia o valor de R$ 16 milhões. Na mesma hora eu disse a ele que me respeitassem, que não sou ‘maloqueiro’ e não sou menino”, emendou. De quebra, ele afirmou que os conselheiros teriam comentado que houve um “erro de digitação”.
Aclamado sob muitos aplausos, Barbosa foi elogiado pela ética, coragem e transparência na condução do clube. Vejam alguns trechos da coletiva.
CAMPO DA PAJUÇARA
“Pediram para assinar duas vias de um documento que trata da venda do Estádio da Pajuçara. Em uma via, o valor que aparecia era de R$ 20 milhões. Na outra cópia do mesmo documento, o valor que constava lá era de R$ 16 milhões. Observei a diferença e, ao perguntar porque existia essa diferença, fui informado pela pessoa que trouxe os contratos de que se tratava de um erro de digitação”.
BEER
“O clube só ficou com 16% do valor após um acordo com a família que detinha o terreno do estabelecimento, e assim o dinheiro foi de R$ 3,3 milhões. Eu ainda tentei fazer mais acordos para que o CRB fique com R$ 3,8 milhões. Esses conselheiros disseram que só tinham conseguido R$ 3 milhões, mas eu consegui mais do que isso. Depois eles ficaram calados. Esta era uma causa perdida que eu consegui reaver”.
SEDE
“Tenho como meta também buscar recuperar a sede administrativa do clube que foi perdida em um leilão sem fundamentos. É mais um patrimônio do CRB que será trazido de volta”
TORCIDAS
Todos foram unânimes em reconhecer a coragem e a transparência do presidente Marcos Barbosa. “Como advogado sei que o Beer não tinha mais jeito, estava perdido, e agora esse acordo trouxe um benefício ao clube”, disse Ricardo Morais. “Estamos indignados com essa falta de compromisso de alguns conselheiros. Vamos buscar providências urgentes. O CRB é nosso e não deles”, disse João Tigre. “Queremos mais espaço para participar das decisões do conselho”, exaltou João Gordo.
