O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, acusou os Estados Unidos de não estarem cooperando nas investigações em torno do massacre cometido por um soldado norte-americano no último domingo (11). Ele invadiu casas de civis em um vilarejo e matou 16 pessoas, entre elas nove crianças e três mulheres.
O líder afegão falou sobre o assunto depois de um encontro com famílias das vítimas. Alguns disseram que mais de um soldado esteve envolvido no massacre.
Até o momento, o último desdobramento do caso foi a transferência do soldado suspeito para o Kuwait, de onde deve ser repatriado aos Estados Unidos, para enfrentar julgamento em uma corte militar.
Ontem (15), Karzai pediu que as tropas norte-americanas deixassem as áreas rurais do país e retornassem às suas bases. O Talibã também se pronunciou, suspendendo todas as negociações com Washington, e prometeu vingar as mortes.
Também ontem, Karzai reuniu-se com o secretário da Defesa norte-americano, Leon Panetta, e alertou que as tropas afegãs devem tomar o controle da segurança nacional já em 2013.
Pouco após a chegada de Panetta ao país, em uma visita surpresa, um carro dirigido por um civil afegão invadiu uma das pistas na base aérea de Camp Bastion, onde estava o avião que transportou o chefe do Pentágono. Após bater em uma barreira, o carro explodiu. Há relatos de que o motorista morreu horas depois do acidente. Entre os norte-americanos, não houve feridos.