A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (20) a ampliação do Mercosul e a adoção de medidas conjuntas entre os países do bloco para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional. No discurso feito na 42a Cúpula do Mercosul, a presidenta declarou apoio ao ingresso da Venezuela no bloco, que já reúne, além do Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai.
“Precisamos de mais Mercosul e mais parceiros no Mercosul. Somemos a força das nossas economias. Esse processo de ampliação só nos fortalece. Esse processo é inadiável e não deve ser obstacularizado por interesses menores. Devemos fazer o maior esforço para trazer a Venezuela para dentro do Mercosul”, disse a presidenta.
Segundo ela, a “lentidão e a debilidade das respostas políticas” podem agravar a crise internacional, levando à recessão global e à contração do crédito. Além disso, afirmou a presidenta, a redução da demanda da indústria de manufaturados pelos países desenvolvidos e asiáticos aliada à guerra cambial provoca uma “avalanche de importações” que compromete o crescimento e o emprego nos países da América do Sul.
Diante desse cenário, a presidenta Dilma defendeu a ampliação da lista de produtos incluídos na TEC (Tarifa Externa Comum), que permitirá, segundo ela, uma “gestão flexível, integrada e estratégica do comércio regional”.
Na 42a Cúpula do Mercosul, Dilma Rousseff também defendeu o fortalecimento da integração regional por meio do desenvolvimento de cadeias produtivas distribuídas entre os países do Mercosul, da adoção de mecanismos comuns de proteção e de ações simultâneas e articuladas antidumping, e do estreitamento dos laços de cooperação entre as economias da região.