O primeiro Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Maceió já começou a operar. O aterro sanitário foi inaugurado, nesta sexta-feira (30), na região do Benedito Bentes, com capacidade total para receber 1.400 toneladas de lixo, por dia, pelos próximos 20 anos.
A obra é um marco no tratamento de lixo na capital. Durante a inauguração do aterro, prestigiada por autoridades do Estado, o prefeito Cícero Almeida destacou a importância do empreendimento para a cidade, mas principalmente para o litoral norte do município.
“Muitos investimentos deixaram de ser feitos no bairro de Cruz das Almas por causa da presença do lixão naquela região. Agora, com a saída do lixão, já estão previstos um novo shopping no bairro, além de muitos condomínios. A região estava desvalorizada, mas a partir de agora não está mais”, avalia o prefeito.
Ainda segundo Cícero Almeida, “a imagem negativa do lixão foi bastante explorada pela mídia, mas agora ela já é parte do passado de Maceió”. O prefeito também agradeceu o apoio do líder comunitário do Benedito Bentes, Silvânio Barbosa, durante o período de conscientização da comunidade para implantação do aterro sanitário.
Já o secretário de Proteção ao Meio Ambiente do município, Ricardo Ramalho, destacou a preocupação com o meio ambiente durante a construção do aterro sanitário. “Houve um respeito muito grande com a questão da flora da região”, revela. Para o superintendente de Limpeza Urbana da capital, Ernande Baracho, “acabou o ‘cartão postal’ do lixão de Cruz das Almas. É uma nova era no tratamento de lixo em Maceió”.
Presente à solenidade, o senador Renan Calheiros disse que “resolver um problema que se arrastava há mais de 40 anos é praticamente um sonho”. “Isso mostra que uma Prefeitura, quando quer, faz com os próprios recursos qualquer obra”.
O ex-governador Ronaldo Lessa disse que “Alagoas ganha pelo exemplo, e Maceió por ser a capital que dá esse exemplo”. Para ele, “o aterro é uma obra extremamente necessária”.
Estrutura
Entrou em operação, nessa sexta-feira, a primeira das quatro células previstas para serem construídas no aterro nos próximos 20 anos. Cada célula tem uma vida útil de cinco anos e, antes mesmo dela ter a capacidade esgotada, a Prefeitura começará a construir uma outra. No total, serão investidos R$ 300 milhões pelas próximas duas décadas, com a obra avançando à medida que novas células forem construídas.
Além das células para decomposição do lixo, o aterro sanitário também tem uma estrutura completa na parte de administração. No local, funciona um centro administrativo, para dar suporte aos funcionários que trabalham no aterro, além de um Centro de Educação Ambiental.
Também foi ativada uma unidade de beneficiamento de entulho e uma estação para captação do gás produzido pelo lixo. O objetivo é reciclar ao máximo o lixo que será depositado no local, já que a reciclagem, além de reduzir o impacto ambiental, também ajuda a prolongar a vida útil das células.
