As famílias desabrigadas por causa da cheia da Lagoa Mundaú, no último final de semana, já estão sendo atendidas pela Prefeitura de Maceió, que montou uma estrutura de apoio especial com distribuição de cestas básicas, remédios e abrigos em espaços públicos.
Em entrevista coletiva, hoje pela manhã, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) anunciou um saldo de 300 famílias desabrigadas e outras 200 desalojadas em Maceió. Boa parte é de bairros que ficam às margens da lagoa Mundaú, como Fernão Velho, Bom Parto e Pontal da Barra.
Para atender esse pessoal, a Comdec está distribuindo, em média, 700 quentinhas preparadas pelo Restaurante Popular. E a determinação do prefeito Cícero Almeida é para que a Defesa Civil ajude não só as famílias da capital, mas também coloque a estrutura à disposição das cidades vizinhas a Maceió e que foram afetadas pela chuva.
Almeida também autorizou que casas populares ainda não inauguradas pela Prefeitura sejam ocupadas pelas famílias desabrigadas. “Sugiro que o governo do Estado faça o mesmo com os imóveis construídos no Dique-Estrada e que ainda não foram inaugurados. O momento não é de inaugurações, mas sim de ajudar essas pessoas”, afirmou o prefeito durante a coletiva.
Cada órgão do município que compõe a Defesa Civil está responsável por atender a uma demanda. A Secretaria de Saúde, por exemplo, colocou médicos e ambulâncias à disposição dos abrigos montados nos três bairros mais afetados pelos alagamentos.
A Semas fará a entrega de cestas básicas e quentinhas nesses locais, sendo que mil cestas serão doadas pela Prefeitura ao governo do Estado, para serem distribuídas nas cidades do interior. “Não podemos permitir que as pessoas passem necessidade”, disse Almeida.
O coordenador municipal de Defesa Civil, coronel Antônio Campos de Almeida, adiantou que a Comdec vai continuar de plantão até que o clima volte a ficar estável na capital.
Principais medidas anunciadas pela Prefeitura
– doação de mil cestas básicas ao governo do estado, para serem distribuídas em cidades do interior
– alojamento das famílias em casas de conjuntos populares que ainda não foram inaugurados
– distribuição de quentinhas do Restaurante Popular para as famílias alojadas nos abrigos
– colocação de médico e ambulância à disposição dos abrigos emergenciais no Bom Parto, Fernão Velho e Pontal da Barra
– manutenção da limpeza das galerias e canais de águas pluviais da capital
– entrega de cestas básicas por mais um mês às famílias que deixarem os abrigos e conseguir voltar pra casa
– cessão de pessoal da Defesa Civil da capital para ajudar no trabalho de resgate no interior