O prefeito de Maceió Cícero Almeida decretou luto oficial de três dias em virtude da morte do músico, cantor e compositor de forró Manoel Apolinário da Silva, conhecido como Tororó do Rojão, ocorrida ontem. Ele tinha 75 anos de idade e estava internado na Santa Casa de Maceió desde o dia 4 de junho, vítima de um aneurisma cerebral.
“Tororó do Rojão foi um dos artistas mais destacados de nossa terra e um ícone do forró, por isso foi uma grande perda para a música e a cultura alagoanas”, afirmou Almeida.
Tororó do Rojão nasceu em Matriz do Camaragibe e perdeu o pai ainda criança. Ele e a mãe, Maria, trabalhavam em uma usina da região, limpando cana e botando na esteira para moer. Foi trazido para Maceió por uma senhora que se tornou sua segunda mãe, Dona Nadir Pantaleão.
Em Maceió, alfabetizou-se e deu adeus à escola no quarto ano. A música entrou na sua vida também cedo, escutando a mãe Maria cantar coco na cidade natal. Depois de algum tempo morando em Maceió com Dona Nadir, trouxe a mãe, que estava em situação de pobreza em Matriz. Dona Nadir alugou uma casa para os dois viverem.
Em sua trajetória, Tororó foi parceiro-irmão de Jacinto Silva, personagem importante na sua história. Também foi zabumbeiro de Luiz Gonzaga e até motorista do Rei do Baião. Gravou dois LPs e dois CDs.
