O prefeito afastado do município de Traipu, Marcos Santos, deixou o presídio Baldomero Cavalcanti na tarde desta sexta-feira, 30 de março, após quatro meses preso. O político ganhou liberdade por decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, no entanto, terá que cumprir medidas cautelares, dentre as quais o uso de tornozeleira eletrônica.
O advogado do gestor declarou em entrevista concedida à imprensa que o juiz Celírio Adamastor determinou ainda que Marcos Santos se apresente uma vez por mês no Tribunal de Justiça, se mantenha afastado da Prefeitura de Traipu e qualquer outro órgão público, se recolha diariamente às 22 horas e não viaje para outras cidades sem prévia autorização da Justiça.
Marcos Santos foi preso no dia 22 de novembro do ano passado, após uma solicitação do Ministério Público Estadual (MPE), que denunciou o prefeito por oito crimes, entre eles o de desvio e a apropriação de recursos públicos federais destinados à Educação, repassados ao município de Traipu no período de janeiro de 2007 a junho de 2010.
Outras 21 pessoas, incluindo a esposa e o sobrinho dele, Juliana Kummer Freitas dos Santos e Valter dos Santos Canuto, que foi prefeito de Traipu entre os anos de 2005 e 2008, também são acusados de participar do esquema que totalizou um prejuízo inicial superior a 8 milhões de reais. A fraude desencadeu a Operação Tabanga.
Caso descumpra alguma das medidas cautelares, Marcos Santos terá o habeas corpus revogado e voltará a ser preso.