
O histórico prédio onde funcionava a Coordenadoria de Ensino, em Penedo, precisou ser interditado há alguns anos, mais precisamente em 2003, quando uma vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros, identificou no local, inúmeras deficiências. O telhado do prédio ameaçava desabar e diversas paredes mostravam rachaduras em suas estruturas. As redes elétrica e hidráulica também ofertavam constante risco aos colaboradores que prestavam seus serviços no prédio.
Ainda sob a coordenação da professora Lúcia Borges, a Coordenadoria de Ensino foi transferida para uma residência localizada próxima ao prédio interditado pelo Corpo de Bombeiros, permanecendo no local por quase dois anos. No início do governo Teotônio Vilela Filho, os serviços prestados pela Coordenadoria, já sob o comando do professor Ronaldo Vicente, passaram a ser oferecidos em um prédio maior, pertencente à Diocese de Penedo, local que abriga o órgão público até os dias atuais.
Em contato com a ex-coordenadora Lúcia Borges, fomos informados que apesar de vários apelos ao Governo do Estado de Alagoas, para tentar sensibilizá-lo da necessidade de reformar o prédio que é um dos mais belos da histórica Penedo, nada foi feito e a atual situação é de completo abandono. “Quando estávamos à frente da Coordenadoria de Ensino sempre abríamos uma vez por semana o prédio para que pudéssemos mantê-lo limpo e livre dos morcegos que fazem morada no forro, além de promover a limpeza do quintal para que o mato não tomasse conta e prejudicasse os vizinhos com a proliferação de insetos”, disse Lúcia.
As informações de funcionários da Coordenadoria de Ensino que atualmente é comandada pela professora Cleide Serqueira de Menezes, revelam que diversos ofícios já foram encaminhados a Secretaria de Estado de Educação e que o prédio recebeu a visita de técnicos do Governo do Estado que conheceram de perto a situação deplorável a que está submetido.
Vizinhos afirmam que pessoas entram e saem livremente do local e o medo começa a tomar conta da vizinhança que suspeita que o local esteja sendo usado como ponto de tráfico de drogas e prostituição. Dentro do prédio diversos papelões são usados para forrar o chão e servir como dormitório para moradores de rua. Diversos preservativos também podem ser vistos espalhados pelo local, atentando para a prática banalizada do sexo dentro do prédio.
O Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Mário Aloísio, já afirmou em determinado encontro realizado em Penedo, que o órgão não pode se manifestar em prol da reforma, pelo fato do prédio ser responsabilidade do Governo Estadual. Até que sejam tomadas as providências cabíveis, os problemas vão se agravando e colocando em risco o prédio que faz parte do Patrimônio Histórico de Penedo.