A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou nesta sexta-feira (8) a pesquisa que aponta o Índice de Preço do Consumidor (IPC) em Maceió. No mês de maio, o feijão apresentou uma variação positiva considerável de 1,77%, tornando-se o principal fator para o aumento do valor global da Cesta Básica Alimentar, que está inserida na pesquisa do IPC, com variação de 0,20% em relação ao mês de abril.
A Cesta Básica fez com que o consumidor alagoano gastasse em média R$ 216,11, valor que compromete 34,74% da renda mensal, tendo como base o salário mínimo nacional. Além do feijão, o óleo de soja (1,58%) e a manteiga (0,79%) foram os índices que constituem a cesta básica que apresentaram as maiores variações.
De acordo com o gerente do IPC da Seplande, Gilvan Sinésio, o acréscimo no valor do feijão se dá por conta do período de estiagem. “Boa parte dos consumidores, como também grandes redes de supermercado adquirem o feijão de pequenos agricultores, que tiveram suas produções prejudicadas por conta da seca. O valor do óleo de soja foi impulsionado pelo aumento do dólar, fator que alavancou as exportações e diminuiu a oferta desse produto”, explicou.
O único índice da cesta básica alimentar que apresentou decréscimo foi a banana (-0,38%), devido a grande oferta de produtos nesse período do ano. Os índices da carne (0,18%), arroz (0,56%), farinha de mandioca (0,36%), tomate (0,51%), pão francês (0,15%), café (0,34%) e açúcar (0,43%) apresentaram variação positiva em relação ao mês de abril. O leite foi o único produto da lista que não apresentou variação.
Custo de Vida – O aumento de alguns produtos que compõem a cesta básica influenciou diretamente o custo de vida do alagoano. A pesquisa do mês de maio apontou uma variação de 0,43 pontos percentuais positivos, quando comparada a abril. Dentro do grupo alimentação, os itens verduras (0,63%), cereais (1,87%) e tubérculos apresentaram as maiores variações positivas.
Por conta do início do período de matrícula em algumas instituições de ensino, o grupo educação também registrou um acréscimo de 0,59%. A categoria fumo e bebidas foi a terceira que sofreu maior alteração (0,43%), decorrente no aumento do valor dos refrigerantes e cervejas nacionais.
Todos os itens do custo de vida apresentaram acréscimo, são eles: habitação (0,31%), artigos diversos (0,06%), despesas pessoais (0,42%), vestuário (0,27%), saúde (0,01%) e vestuário (0,27%). De acordo com Gilvan Sinésio, esse valor acompanha uma tendência verificada nas estatísticas do acumulado do ano, que é de 2,03%.