A pesquisa do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), divulgada nesta terça, 10, pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) registrou uma queda de – 4,16% no valor da cesta básica no mês de julho em relação a junho. De acordo com o IPC, o trabalhador maceioense teve 37,32% do seu salário gasto com alimentação, o que equivale a R$ 190,32.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), Maceió é a segunda capital a apresentar o menor valor da cesta básica, comparada as das capitais vizinhas, Aracaju, Recife e Salvador. Segundo o Dieese, Maceió ficou atrás apenas de Aracaju, onde a cesta básica custou R$181,04.
Os produtos que mais influenciaram na queda da cesta básica foram o tomate (-14,69%), o leite (-1,71%), o café (-1,30%), o óleo de soja (-0,86%) e o açúcar (-0,45%). Segundo o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, o tomate chegou a acumular uma variação de 37,55% este ano, portanto essa baixa não significa que esteja barato. Já o café apresentou variação negativa por conta da colheita da safra anual.
As maiores altas foram registradas nos seguintes itens: farinha de mandioca (1,03%), feijão (0,26%) e carne (0,20%). “O aumento da macaxeira de 0,68%, devido à redução da sua produção, foi o motivo da alta da farinha de mandioca”, explica Sinésio.
Inflação – O custo de vida em Maceió apresentou uma variação de 0,28% no mês passado. A inflação foi impulsionada pelos grupos habitação (0,50%), despesas pessoais (0,17%), fumo e bebidas (0,43%) e transportes (3,38%), que apresentaram as maiores altas. De acordo com Sinésio, o aumento do valor da passagem, a alta do combustível e do preço dos estacionamentos foram os fatores responsáveis pela elevação do grupo transportes.
Já os grupos educação e alimentação apresentaram a mesma variação (-0,30%). Este último motivado pela baixa do preço dos subgrupos legumes (-7,38%), frutas (-0,08), panificados (-0,01%), leite e ovos (-0,27%), vísceras e outros (-1,16%), produtos industrializados (-0,08) e alimentação fora de domicílio (-0,30%).
O Índice de Preço ao Consumidor é uma pesquisa realizada mensalmente pela Superintendência de Produção e Gestão da Informação (Supegi), ligada a Secretaria do Planejamento e do Orçamento (Seplan), e tem como objetivo acompanhar a variação de preços e seus impactos na vida do consumidor.