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Sergipe

Praça São Francisco completa 7 anos como Patrimônio da Humanidade

Há sete anos, numa tarde de domingo do dia 1º de agosto de 2010, o Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), se reunia em Brasília e concedia a chancela de Patrimônio Histórico da Humanidade à praça São Francisco, instalada no coração da cidade de São Cristóvão.

Distante 23 Km de Aracaju, São Cristóvão foi a primeira capital de Sergipe e é a quarta cidade mais antiga do Brasil. A praça era a única candidata brasileira naquela ocasião, dentre 39 sítios históricos de outros países que pleiteavam o título.

Fundada por espanhóis em 1º de janeiro de 1590, São Cristóvão guarda em suas ruas e ladeiras prédios históricos e casarios com suas fachadas preservadas de eiras e beiras. O sítio histórico, que hoje é Patrimônio da Humanidade, é formado pelos prédios instalados no quadrilátero da praça, onde se visualiza técnicas de arquitetura espanhola e portuguesa, no momento da união Ibérica no mundo.

Os prédios que fazem parte do Patrimônio da Humanidade são: a Casa da Misericórdia; a Igreja e Convento São Francisco; antigo Palácio Provincial, hoje Museu Histórico de Sergipe; Museu de Arte Sacra; Casa do Iphan; Casa do Folclore; Biblioteca Pública e mais quatro casas residenciais.

O prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, afirmou que o aniversário de sete anos do título de Patrimônio da Humanidade da Praça São Francisco é um momento de reflexão sobre o que essa chancela trouxe para o município.

“Reflexão sobre o que deixamos de fazer e o que podemos fazer por esse patrimônio e pelo município. Precisamos lembrar que este título foi chancelado a somente 13 municípios no Brasil, e é o 18º monumento brasileiro que recebeu esse título. A praça São Francisco é o marco zero da civilização sergipana. Possivelmente aqui deve ter se iniciado a diáspora do povo sergipano em busca da colonização e formação de outros povoamentos”, ressaltou.

Ele disse que está buscando os meios necessários para desenvolver ações que ponham em evidência a praça. “Queremos que a praça seja um indutor de desenvolvimento a partir do turismo, que o título possa ser um diferencial na captação de recursos para São Cristóvão como um todo. Precisamos evidenciar a importância do título para poder atrair turistas, negócios e desenvolvimento para a cidade”, acrescentou.

De acordo com o prefeito, a população de São Cristóvão ainda não compreende a importância do título de Patrimônio da Humanidade. “A gente precisa – governos municipal, estadual e federal – desenvolver ações que mudem a vida da pessoa a partir da praça. Tem que saber que tal ação e tal recurso foram captados a partir do título”, defende.

Segundo Marcos Santana, caso não sejam preservados e bem cuidados os monumentos, a Unesco pode tirar o título a qualquer momento, pois trata-se de uma chancela. “Caso as autoridades não preservem o patrimônio, a instituição internacional retira o título”, alertou.