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Alagoas

Postos de gasolina têm até 30 de junho para adequação às normas ambientais

Os postos de combustíveis em Alagoas tiveram 30 meses para se adequarem as regras de preservação para o setor, reduzindo assim a agressão ambiental. A maioria dos proprietários seguiu o Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Instituto do Meio Ambiente, Ministério Público Estadual e Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Alagoas. No entanto, cerca de 50 dos mais de 400 postos sindicalizados sequer iniciaram as obras de melhoria.

O IMA e o MPE alertaram os proprietários que o prazo termina no dia 30 de junho. A partir do dia seguinte serão efetuadas interdições e multas pelo descumprimento da Resolução 273/2000 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre a instalação e funcionamento de postos de combustíveis em todo o Brasil. Entre outras coisas, a resolução determina a instalação de uma série de equipamentos que evitam ou reduzem os danos ambientais nas operações do setor.

Segundo o presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge, a meta é sanar um passivo ambiental existente em todo o Estado, especialmente pela degradação produzida por este tipo de estabelecimento. “A partir do TAC, viabilizamos meios para promover essa regularização, observando o descrito na legislação ambiental vigente, a qual todos os postos têm de estar adequados”, afirmou Adriano Augusto. A multa inicial é de pouco mais de R$ 8 mil. O presidente do IMA explicou que as reformas nos postos serviram para instalação de tanques jaquetados, com sensores de vazamento, calhas de contenção e caixas de separação – para recolher os fluídos que vazam dos carros no momento do abastecimento evitando o registro de contaminação do solo ou das águas subterrâneas na área dos postos.

Segundo a promotora Dalva Tenório, coordenadora do Núcleo do Meio Ambiente, a adesão dos postos de combustíveis se deu através do Sindcombustíveis/AL, que obteve as assinaturas de todos os interessados neste cumprimento, mas que mesmo assim, alguns proprietários evitaram participar do processo. Na mesma linha de raciocínio, o promotor Alberto Fonseca explicou que o MPE participou da elaboração do Termo de Ajuste, contribuindo para a definição dos prazos e responsabilidades dos envolvidos. Ele comemorou o resultado até agora, pois mais de 70% do setor já está adequado. “Buscamos o menor impacto para o setor. Ampliamos o prazo para adequação e reformas. Só que alguns proprietários precisam que entender que as coisas estão mudando. As mudanças estão acontecendo para que o meio ambiente seja preservado”, assegurou o promotor.