As famílias que serão atendidas pelo programa Água Para Todos em Alagoas também participarão ativamente da instalação das 32,8 mil cisternas no Estado, informou nesta sexta-feira (2) o secretário da Infraestrutura, Marco Fireman. Em entrevista concedida à TV Gazeta, o secretário apresentou detalhes da implantação do programa federal e comentou o lançamento da primeira Parceria Público-Privada no Estado.
De acordo com Marco Fireman, a primeira fase do programa contará com a implantação de cisternas e pequenas barragens. Já na segunda fase, haverá a instalação de sistemas simplificados de abastecimento para comunidades com mais de 30 habitações.
“Já estamos realizando o cadastro dessas comunidades para montarmos estratégias de atuação. Com relação às cisternas, devem ser de PVC ou fibras, para que as construções sejam aceleradas. Todas as famílias atendidas serão capacitadas para higienizar e tratar adequadamente a água armazenada, evitando contaminações. Esta é uma preocupação do governo de Alagoas. Além disso, os próprios moradores serão capacitados para trabalhar nas instalações”, explicou o secretário Marco Fireman.
Água Para Todos
O programa Água Para Todos foi lançado a nível nacional pela presidente Dilma Rousseff no dia 25 de julho de 2011, na cidade de Arapiraca-AL. A convite do governador Teotonio Vilela Filho, a primeira reunião do grupo gestor do programa federal foi realizada em Alagoas, no último dia 29 de agosto. A previsão é que as obras do programa sejam iniciadas ainda em 2011, com o apoio de órgãos como a Funasa e a Codevasf.
Durante a entrevista, Marco Fireman explicou ainda que o problema da falta de água em Alagoas se divide em dois grandes eixos: a escassez completa da água em algumas regiões e a dificuldade do abastecimento satisfatório em outras. “É preciso enfrentar o problema em todas as frentes, pois a oferta de água não acompanhou o crescimento da demanda e hoje temos déficit de abastecimento em todas as regiões”, disse Fireman.
O secretário também comentou sobre a implantação da primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Estado, que vai atender a cerca de 270 mil pessoas no Agreste alagoano. A PPP vai solucionar o problema de falta de água em Arapiraca e nas cidades de Craíbas, Igaci, Girau do Ponciano, Campo Grande, Coité do Nóia, São Braz, Lagoa da Canoa, Olho D’água Grande e Feira Grande, viabilizando o fornecimento de água para a atual e as futuras demandas.
Quando estiverem concluídas, as obras também possibilitarão o fornecimento de 500 metros cúbicos de água por hora (m3/h) para a Mineração Vale Verde, cujo parque industrial deve ser instalado a partir de 2012, tornando-se um importante polo de desenvolvimento econômico no Agreste.
Todo o empreendimento está orçado em cerca de R$ 143 milhões e inclui a construção de uma nova adutora entre Traipu e Arapiraca, com 57 km de extensão, tubulações de 500 mm a 700 mm de diâmetro e vazão de 1.500 m3/h, sendo 500 m3/h para a Mineração Vale Verde e 1.000 m3/h para abastecer a cidade de Arapiraca; a recuperação e modernização do sistema de São Brás a Arapiraca, com a instalação de novos equipamentos de proteção, equipamentos elétricos, eletrônicos e hidráulicos e a substituição de outros equipamentos antigos; a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) em Arapiraca; e a operação e manutenção de todo o sistema pelo prazo de 30 anos.
“Alagoas é mais uma vez pioneira, ao avançar com a sua primeira PPP. Durante as últimas décadas, não houve investimentos suficientes para atender a demanda por água no Agreste e o Estado não possui capacidade de investimentos para uma ação de infraestrutura desse porte. Com a PPP, encontramos a melhor alternativa para acelerar a solução do problema da água naquela região”, afirmou Fireman.
Para assistir a entrevista completa, acesse o canal da Seinfra no Youtube: http://www.youtube.com/user/seinfraal#p/u/0/U4BMcIDaKhY.