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Alagoas

População sai às ruas para pedir justiça pela morte de adolescentes de Coruripe

Em pouco mais de um ano quatro garotas foram assassinadas no município

Centenas de pessoas participaram na manhã desta quinta-feira, 14 de junho, de uma grande passeata realizada no município de Coruripe, localizado a 90 km da capital Maceió. O ato teve o objetivo de pressionar as autoridades para que seja dada uma resposta a respeito dos quatro assassinatos de adolescentes ocorridos em pouco mais de um ano na cidade litorânea. Com faixas, cartazes e a ajuda de carro de som, os manifestantes exclamavam que queriam paz e cobravam justiça para os brutais crimes.

A caminhada teve início na Praça Geraldo Rolemberg. Do local, os parentes e amigos das adolescentes Maria Eduarda dos Santos e Cíntia Santos da Silva, ambas de 15 anos, seguiram para o Fórum da cidade para mostrar às autoridades o sentimento de revolta e a ânsia de justiça que pairou sobre os moradores da cidade. Pessoas próximas das irmãs Cícera Beatriz dos Santos, 12, e Samara Oliveira dos Santos, 14, mortas em março do ano passado, também participaram da caminhada.

Da sacada do Fórum, o Juiz de Direito da Vara do 1º Ofício de Coruripe, Dr. Sóstenes Alex, observou atento à manifestação, deixando claro que trabalha diuturnamente para esclarecer os crimes. Na última semana, o principal suspeito pelos crimes, o bacharel em Direito Raphael Lima, 29 anos de idade, teve um habeas corpus concedido pelo desembargador Edivaldo Bandeira Rios, mas por determinação do Dr. Sóstenes, que também investiga uma acusação de estupro contra o jovem, Raphael permaneceu detido na Delegacia Regional de Penedo.

A polícia ainda tenta descobrir se a morte de Eduarda e Cintia tem alguma ligação com o assassinato de Samara Oliveira e Cícera Beatriz. Pela forma como o assassinato das quatro adolescentes de Coruripe foi cometido, a polícia investiga se o autor do crime pode ter sido a mesma pessoa. Os casos se assemelham em vários aspectos, sendo o principal deles o fato de que as adolescentes foram assassinadas com disparos de arma de fogo na cabeça, sem terem sido vítimas de violência sexual.

Maria Eduarda e Cíntia Santos foram raptadas na tarde do dia 14 de maio quando seguiam para o comércio de Coruripe. Cinco dias depois elas foram encontradas nas terras da usina Guaxuma, na zona rural do município do município em avançado estado de putrefação. Segundo testemunhas, antes de desaparecerem as meninas foram vistas entrando em um veículo Punto com as mesmas características do que pertence ao jovem Raphael Lima.

Já as irmãs Samara Oliveira dos Santos e Cícera Beatriz dos Santos foram raptadas no dia 29 de março do ano passado, quando se destinavam a escola. Os corpos, localizados 23 dias após o desaparecimento, foram desovados em uma mata também na zona rural de Coruripe. Em nenhum dos casos os pertences das adolescentes foram levados pelo criminoso .